Costumes Estranhos Associados ao Parto
Em todo o mundo, as pessoas têm tomado complicadas precauções para manter o recém-
-nascido e a mãe a salvo de males sobrenaturais,
Em alguns países europeus, as parteiras desatavam todos os nós da casa para ajudar a mãe a descontrair-se e assegurar um parto tranquilo, e aferrolhavam portas e janelas para não deixar entrar o infortúnio.
Os defensores do parto natural nos países ocidentais insistem em que as parteiras ponham a criança nos braços da mãe logo que nasça. Esta ideia horrorizaria a tribo Akha, da Tailândia. Um recém-nascido Akha deve chorar três vezes antes de alguém lhe tocar.
Os três choros são considerados ruidosas preces ao deus Apoe Miyeh, pedindo uma alma, uma bênção e uma vida longa. Uma vez cumprido este dever pelo bebé, a parteira pega-lhe e dá-lhe um nome provisório.
Isto destina-se a manter os maus espíritos á distância: eles pensariam que uma criança sem nome não era desejada e tentariam reclamá-la. O bebé receberá o nome permanente numa cerimónia posterior quando se julga que é saudável para sobreviver.
Um curioso costume inglês do século XIX consistia em pendurar por cima da cama um documento chamado Carta do Nosso Salvador durante o parto. Alegadamente escrito por Jesus a um tal "Agbaro de Edessa", o texto, uma invenção medieval, era considerado eficaz contra a feitiçaria e também ajuda para um parto sem problemas.
Todas estas precauções podiam facilitar o nascimento, mas havia quem pensasse que a altura em que uma criança nascia influenciava a sua vida futura.
Na Índia, nascer uma criança durante um eclipse era claramente mau agoiro, e o pai só podia ver o filho depois de executados certos ritos. Diz uma tradição alemã que, se as nuvens se assemelham a carneiros quando a criança nasce, ela será afortunada.
Muitas culturas acreditam que uma criança nascida a um domingo terá uma vida feliz, enquanto uma antiga tradição inglesa diz que se uma criança nasce quando o relógio bate três, seis, nove ou doze horas, será capaz de ver fantasmas um privilégio duvidoso, compensado pela impenetrabilidade a bruxarias e encantamentos.
Muitas culturas têm cerimónias de purificação para mãe e filho logo após o nascimento, mas talvez a mais estranha seja a tradição filipina de escaldar a mãe, que fica deitada ao lado de uma fogueira durante uma semana. Então, deita-se água sobre as brasas e o vapor purifica-a.
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