Unicórnio, ou licórnio, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
Tema de notável recorrência nas artes medievais e renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
Considerado um equino fabuloso benéfico, com um grande corno na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura. Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio:
"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caça-lo."
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de Confúcio, no Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais fantásticos conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas e obras helenísticas.
É citado no livro grego Physiologus, do séc. V d.C, como uma correspondência do milagre da Encarnação. Centro de calorosos debates, ao longo do tempo, o milagre da Encarnação de Deus em Maria passou a ser entendido como o dogma da virgindade da mãe de Cristo: nessa operação teológica, o unicórnio tornou-se um dos atributos recorrentes da Virgem.
Representações profanas do unicórnio encontram-se em tapeçarias do Norte da Europa e nos cassoni ( grandes caixas de madeira decoradas, parte do enxoval das noivas) italianos dos séculos XV e XVI. O unicórnio também aparece em emblemas e em cenas alegóricas, como o Triunfo da Castidade ou da Virgindade.
A figura do unicórnio está presente também na heráldica, como no brasão d'armas do Canadá, da Escócia e do Reino Unido.
Na Astronomia, o unicórnio é o nome de uma constelação chamada Monoceros.
O unicórnio tem sido uma presença frequente na literatura fantástica, surgindo em obras de Lewis Carroll, C.S. Lewis e Peter Beagle. Anteriormente, na sua novela A Princesa da Babilónia, Voltaire incluí um unicórnio como montada do herói Amazan. Modernamente, na obra de J. K. Rowling, a série Harry Potter, o sangue do unicórnio era necessário para Voldemort manter-se vivo. No livro diz-se que o unicórnio bebê é dourado, adolescente prateado e adulto branco-puro. Noutro livro, "Memórias De Idhún", de Laura Gallego García, o unicórnio é uma das personagens principais da história, sendo parte de uma profecia que salva Idhún dos sheks. Em Memórias De Idhún, o unicórnio está no corpo de Victoria.
Tema de notável recorrência nas artes medievais e renascentistas, o unicórnio, assim como todos os outros animais fantásticos, não possui um significado único.
Considerado um equino fabuloso benéfico, com um grande corno na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura. Leonardo da Vinci escreveu o seguinte sobre o unicórnio:
"O unicórnio, através da sua intemperança e incapacidade de se dominar, e devido ao deleite que as donzelas lhe proporcionam, esquece a sua ferocidade e selvajaria. Ele põe de parte a desconfiança, aproxima-se da donzela sentada e adormece no seu regaço. Assim os caçadores conseguem caça-lo."
A origem do tema do unicórnio é incerta e se perde nos tempos. Presente nos pavilhões de imperadores chineses e na narrativa da vida de Confúcio, no Ocidente faz parte do grande número de monstros e animais fantásticos conhecidos e compilados na era de Alexandre e nas bibliotecas e obras helenísticas.
É citado no livro grego Physiologus, do séc. V d.C, como uma correspondência do milagre da Encarnação. Centro de calorosos debates, ao longo do tempo, o milagre da Encarnação de Deus em Maria passou a ser entendido como o dogma da virgindade da mãe de Cristo: nessa operação teológica, o unicórnio tornou-se um dos atributos recorrentes da Virgem.
Representações profanas do unicórnio encontram-se em tapeçarias do Norte da Europa e nos cassoni ( grandes caixas de madeira decoradas, parte do enxoval das noivas) italianos dos séculos XV e XVI. O unicórnio também aparece em emblemas e em cenas alegóricas, como o Triunfo da Castidade ou da Virgindade.
A figura do unicórnio está presente também na heráldica, como no brasão d'armas do Canadá, da Escócia e do Reino Unido.
Na Astronomia, o unicórnio é o nome de uma constelação chamada Monoceros.
O unicórnio tem sido uma presença frequente na literatura fantástica, surgindo em obras de Lewis Carroll, C.S. Lewis e Peter Beagle. Anteriormente, na sua novela A Princesa da Babilónia, Voltaire incluí um unicórnio como montada do herói Amazan. Modernamente, na obra de J. K. Rowling, a série Harry Potter, o sangue do unicórnio era necessário para Voldemort manter-se vivo. No livro diz-se que o unicórnio bebê é dourado, adolescente prateado e adulto branco-puro. Noutro livro, "Memórias De Idhún", de Laura Gallego García, o unicórnio é uma das personagens principais da história, sendo parte de uma profecia que salva Idhún dos sheks. Em Memórias De Idhún, o unicórnio está no corpo de Victoria.
Plínio, o naturalista romano, cuja descrição do unicórnio serve de base à maior parte das descrições feitas pelos modernos, pinta-o como "um ferocíssimo animal, semelhante no resto do corpo a um cavalo, com a cabeça de cervo, patas de elefante, cauda de javali, voz retumbante e o único chifre preto, de dois côvados de comprimento, (cerca de 1,20 m.) no meio da testa". Acrescenta que o unicórnio "não pode ser apanhado vivo" e, de certo modo, tal desculpa devia ser apresentada naqueles dias pelo fato do unicórnio não aparecer nas arenas dos anfiteatros.
O unicórnio constituía um problema para os caçadores, que não sabiam como se apoderar de tão valiosa presa. Alguns descreviam seu chifre como podendo mover-se à vontade do animal, uma espécie de espada, em resumo, a qual nenhum caçador que não fosse habilíssimo na esgrima teria possibilidade de enfrentar com sucesso. Outros afirmavam que toda a força do animal estava no chifre e que, quando perseguido de perto, ele se atirava do alto dos mais elevados rochedos, com o chifre para a frente, de maneira a cair sobre ele, e, depois, tranqüilamente, levantava-se, sem nada haver sofrido com a queda.
Finalmente, porém, acabou-se achando um meio de vencer o pobre unicórnio. Descobriu-se que ele era grande admirador da pureza e da inocência e que cedia terreno quando encontrava em seu caminho uma jovem virgem. Vendo-a, o unicórnio se aproximava cheio de reverência, ajoelhava-se diante dela, e, pondo a cabeça em seu regaço, adormecia. A traiçoeira virgem fazia, então, sinal aos caçadores, que se aproximavam e capturavam o simplório animal. Os modernos zoólogos, naturalmente descrentes de tais lendas, não levam a sério a existência do unicórnio. Existem, contudo, animais que têm na cabeça uma protuberância óssea mais ou menos semelhante a um chifre, que podem Ter dado origem à lenda. O chifre do rinoceronte, como é chamado, é uma dessas protuberâncias, embora de tamanho bem pequeno e não correspondendo de modo algum à descrição do chifre do unicórnio. O que há de mais semelhante a um chifre no meio da testa é a protuberância óssea que existe na cabeça da girafa, mas, também esta é muito curta e rombuda, e não constitui o único chifre do animal, e sim um terceiro chifre, em frente dos dois outros. Em resumo, embora possa ser excessivo negar-se a existência de outro quadrúpede de um só chifre, além do rinoceronte, pode-se afirmar com segurança que a existência de um chifre comprido e resistente na testa de um animal semelhante ao cavalo e ao veado constitui perfeita impossibilidade
Sem comentários:
Enviar um comentário