terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Romã




Segundo pesquisadores russos, a romãzeira provém do centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irão e as terras altas do Turcomenistão, junto com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.
A importância da romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora.
Quando os judeus chegaram à terra prometida, após abandonarem o Egipto, os 12 espias que foram enviados para aquele lugar voltaram carregando romãs e outros frutos como amostras da fertilidade da terra que Jeová(Deus) prometera. Ela estava presente nos jardins do Rei Salomão. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios. Em Roma, a romã era considerada nas cerimônias e nos cultos como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.
Os semitas a chamavam de “rimmon”, para os árabes era conhecida como “rumman”, e mais tarde, os portugueses a chamaram de romã ou “roman”. Na Idade Média a romã era freqüentemente considerada como um fruto cortês e sanguíneo, aparecendo também nos contos e fábulas de muitos países. Os povos árabes salientavam os poderes medicinais dos seus frutos e como alimento. Tanto a planta, como o fruto, têm sido utilizados em residências ou em banquetes pelo efeito decorativo das suas flores e dos seus frutos, além do seu uso como cerca viva e planta ornamental. Segundo uma antiga crença popular, se você levar na carteira três sementes de romã, "dinheiro nunca há de lhe faltar".
São famosas as romãs da Provença, de Malta, da Espanha, na Itália. O seu cultivo é realizado em mais de 100 países do mundo. Dos países do Mediterrâneo, atravessou o Atlântico e acabou aportando no Brasil. Neste país a planta encontrou todas as condições favoráveis para um crescimento vegetativo, florescimento, frutificação e produção de frutos de primeira qualidade. O seu maior interesse no mundo está no seu cultivo para o consumo como fruta fresca. Também tem a sua aplicação em clínicas especializadas no campo da medicina moderna e para receitas especializadas.
A Espanha é um dos mais importantes países produtores do mundo e o maior produtor e exportador do mercado comum europeu. A Turquia com 60.000 toneladas e a Tunísia com 55.000 toneladas são grandes produtores mundiais, mas nestes dois países existe um sistema de cultivo menos intensivo e menos especializado quando comparado com o cultivo na Espanha e com uma rede de comercialização pouco desenvolvida, com apenas 2 a 7% de exportação da sua produção total.
Tradicionalmente o Reino Unido tem sido o principal comprador de romã da Espanha e os seus frutos destinando-se fundamentalmente para o seu consumo ao natural e especialmente nas zonas de mineração da Inglaterra, devido às suas propriedades benéficas frente à contaminação de metais pesados.
Entre os principais países importadores estava em primeiro lugar a Inglaterra que absorvia os frutos de calibres pequenos, em segundo lugar, a França que queria os frutos de grande calibre e em terceiro lugar a Itália que nos últimos anos estava aumentando muito a quantidade importada de romãs da Espanha. Em quarta posição encontram-se os países árabes que aceitavam frutos de qualidade um pouco inferior e que representam uma grande importância para a Espanha para poder descongestionar bastante o resto dos mercados e evitar uma oferta excessiva de frutos.

1 comentário:

Henrik disse...

Eu adoro romãs!!! a sério.