quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Mensagem do dia



A verdade alivia mais do que magoa. E estará sempre acima de qualquer falsidade como o óleo sobre a água.
(Miguel de Cervantes)

O saber não ocupa lugar-Martinho Lutero


Martinho Lutero (em alemão: Martin Luther ou Martin Luder) (Eisleben, 10 de novembro de 1483Eisleben, 18 de fevereiro de 1546) foi um teólogo alemão. É considerado o pai espiritual da Reforma Protestante.

Martinho Lutero, cujo nome original em alemão era Martin Luther era filho de Hans Luther e Margarethe Lindemann. Nascido em 1483 e morto em 1546. Mudou-se para Mansfeld, onde seu pai dirigia várias minas de cobre. Tendo sido criado no campo, Hans Luther deseja que seu filho viesse a tornar-se um funcionário público, melhorando assim as condições da família. Com este objetivo, enviou o jovem Martinho para escolas em Mansfeld, Magdeburgo e Eisenach.
Aos dezessete anos, em 1501, Lutero ingressou na Universidade de Erfurt, onde tocava alaúde e recebeu o apelido de "O filósofo". O jovem estudante graduou-se em bacharel em 1502 e o mestrado em 1505, o segundo entre dezessete candidatos. Seguindo os desejos paternos, inscreveu-se na escola de Direito dessa Universidade. Mas tudo mudou após uma grande tempestade, com descargas elétricas, ocorrida neste mesmo ano (1505): um raio caiu próximo de onde ele estava, ao voltar de uma visita à casa dos pais. Aterrorizado, gritara então: "Ajuda-me, Sant'Ana! Eu me tornarei um monge!"
Tendo sobrevivido aos raios, deixou a faculdade, vendeu os seus livros com exceção dos de Virgílio, e entrou para a ordem dos Agostinianos, de Erfurt, a 17 de julho de 1505.


Vida monástica e acadêmica

Lutero com a tonsura monástica
O jovem Martinho Lutero dedicou-se por completo a sua vida no mosteiro, empenhando-se em realizar boas obras a fim de agradar a Deus e servir ao próximo através de orações por suas almas. Dedicou-se intensamente à meditação, às auto-flagelações, muitas horas de oração diárias, às peregrinações e à confissão. Quanto mais tentava ser agradável ao Senhor, mais se dava conta de seus pecados
Johann von Staupitz, o superior de Lutero, concluiu que o jovem necessitava de mais trabalhos, para afastá-lo de sua excessiva reflexão. Ordenou portanto ao monge que iniciasse uma carreira acadêmica. Em 1507 Lutero foi ordenado sacerdote. Em 1508 começou a lecionar teologia na Universidade de Wittenberg. Lutero recebeu seu bacharelado em Estudos Bíblicos a 19 de março de 1508. Dois anos depois visita Roma, de onde regressa bastante decepcionado.
Em 19 de outubro de 1512, Martinho Lutero graduou-se Doutor em Teologia e a 21 de outubro deste ano foi "recebido no Senado da Faculdade Teológica", com o título de "Doutor em Bíblia". Em 1515 foi nomeado vigário de sua ordem, tendo sob sua ordem onze monastérios.
Durante este período estuda o grego e o hebraico, para aprofundar-se no significado e origem das palavras utilizadas nas Escrituras - conhecimentos que logo utilizaria para a tradução da Bíblia.

A teologia da graça de Lutero
O desejo de obter os graus acadêmicos levaram Lutero a estudar as Escrituras em profundidade. Influenciado por sua formação humanista de buscar ir "ad fontes" (às fontes), mergulhou nos estudos sobre a Igreja Primitiva. Devido a isto, termos como "penitência" e "honestidade" ganharam novo significado para ele, já convencido de que a Igreja havia perdido sua visão de várias das verdades do cristianismo ensinadas nas Escrituras - sendo a mais importante delas a doutrina da chamada "Justificação" apenas pela fé. Lutero começou a ensinar que a Salvação era um benefício concedido apenas por Deus, dado pela Graça divina através de Jesus Cristo e recebido apenas com a fé.

Mais tarde, Lutero definiu e reintroduziu o princípio da distinção própria entre o Torá (Leis Mosaicas) e os Evangelhos, que reforçavam sua teologia da graça. Em conseqüência, Lutero acreditava que seu princípio de interpretação era um ponto inicial essencial para o estudo das Escrituras. Notou, ainda, que a falta de clareza na distinção da Lei e dos Evangelhos era a causa da incorreta compreensão dos Evangelhos de Jesus pela Igreja de seu tempo, instituição a quem responsabilizava por haver criado e fomentado muitos erros teológicos fundamentais.

A controvérsia por causa das indulgências
Além de suas atividades como professor, Martinho Lutero ainda colaborava como pregador e confessor na igreja de Santa Maria, na cidade. Também pregava habitualmente na igreja do Castelo (chamada de "Todos os Santos" - por causa de ali haver uma coleção de relíquias, estabelecidas por Frederico II de Sabóia). Foi durante este período em que o jovem sacerdote deu-se conta dos efeitos em se oferecer indulgências aos fiéis, como se fossem fregueses.
A indulgência é a remissão (parcial ou total) do castigo temporal que alguém permanece devedor por conta dos seus pecados, de cuja culpa tenha se livrado pela absolvição. Naquele tempo qualquer pessoa poderia comprar uma indulgência, quer para si mesmo, quer para um parente já morto que estivesse no Purgatório. O frade Johann Tetzel fôra recrutado para viajar através dos territórios episcopais do arcebispo Alberto de Mogúncia, promovendo e vendendo indulgências com o objetivo de financiar as reformas da Basílica de São Pedro, em Roma.
Lutero viu este tráfico de indulgências como um abuso que poderia confudir as pessoas e levá-las a confiar apenas nas indulgências, deixando de lado a confissão e o arrependimento verdadeiro. Proferiu, então, três sermões contra as indulgências em 1516 e 1517. Segundo a tradição, a 31 de outubro de 1517 foram pregadas as 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg, com um convite aberto ao debate sobre elas. Estas teses condenavam a avareza e o paganismo na Igreja como um abuso, e pediam um debate teológico sobre o que as Indulgèncias significavam. Para todos os efeitos, nelas ele não questionava diretamente a autoridade do Papa para conceder as tais indulgências.
As 95 Teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Ao cabo de duas semanas haviam se espalhado por toda a Alemanha e em dois meses por toda a Europa. Este foi o primeiro episódio da História em que a imprensa teve papel primacial, pois facilitava uma distribuição simples e ampla de qualquer documento.

A resposta do Papado
Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo ser ele um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmando que "quando estiver sóbrio mudará de opinião" o Papa Leão X ordenou em 1518 ao professor de teologia dominicano Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. Este denunciou que Lutero se opunha de maneira implícita à autoridade do Sumo Pontífice, quando discordava de uma de suas bulas. Declarou ser Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica a suas teses. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava cada "desvio" como uma apostasia.
Lutero replicou de igual forma, dando assim início à controvérsia.
Enquanto isto, Lutero tomava parte da convenção dos agostinianos em Heidelberg, onde apresentou uma tese sobre a escravidão do homem ao pecado e a graça divina. No decorrer da controvérsia sobre as indulgências, o debate se elevou até ao ponto de duvidar do poder absoluto e autoridade do Papa, pois as doutrinas de "Tesouraria da Igreja" e "Tesouraria dos Merecimentos", que serviam para reforçar a doutrina e venda e das indulgências, haviam se baseado na bula papal "Unigenitus" (de 1343), do Papa Clemente VI. Por causa de sua oposição a esta doutrina, Lutero foi qualificado como heresiarca e o Papa, decidido a suprimir por completo com seus pontos de vista, ordenou que fosse chamado a Roma, viagem que deixou de ser realizada por motivos políticos.
Lutero, que anteriormente professava a obediência implícita à Igreja, negava agora abertamente a autoridade papal e apelava para que fosse realizado um Concílio. Também declarava que o papado não formava parte da essência imutável da Igreja original.
Desejando manter-se em relações amistosas com o protetor de Lutero, Frederico, o Sábio, o Papa engendrou uma tentativa final de alcançar uma solução pacífica para o conflito. Uma conferência com o representante papal Karl von Miltitz em Altenburgo, em janeiro de 1519 levou Lutero a decidir guardar silêncio, assim como seus opositores, como também a escrever uma humilde carta ao Papa e compor um tratado demonstrando suas opiniões sobre a Igreja Católica. A carta escrita nunca chegou a ser enviada, pois não continha nenhuma retratação. E no tratado, que compôs mais tarde, Lutero negou qualquer efeito das indulgências no Purgatório.
Quando Johann Eck, em Carlstadt, desafiou um colega de Lutero para um debate em Leipzig, Lutero juntou-se à discussão (27 de junho-18 de julho de 1519), no curso do qual negou o direito divino do solidéu papal e da autoridade de possuir o "poder das chaves", que, segundo ele, haviam sido outorgados à Igreja (como congregação de fé). Negou que a salvação pertencesse à Igreja Católica ocidental sob a autoridade do Papa, mas que esta se mantinha na Igreja Ortodoxa, do Oriente. Depois do debate, Eck afirmou que forçara Lutero a admitir a semelhança de sua própria doutrina com a de João Huss, que havia sido queimado numa fogueira.


O cativeiro babilônico
Lutero gerou polêmicas doutrinárias em seu "Prelúdio no Cativeiro Babilônico da Igreja", em especial no que diz respeito aos sacramentos.
Eucaristia - apoiava que fosse devolvido o "cálice" ao laicado; na chamada questão do dogma da transubstanciação, afirmava que era real a presença do corpo e do sangue do Cristo na eucaristia, mas rechaçava o ensinamento de que a eucaristia era o sacrifício oferecido por Deus.
Batismo - ensinava que trazia a justificação apenas se combinado com a fé salvadora em o receber; de fato, mantinha o princípio da salvação inclusive para aqueles que mais tarde se converteriam.
Penitência - afirmou que sua essência consiste na palavra de promessa de desculpas recebidas com fé.
Para ele, apenas estes três sacramentos podiam assim ser considerados, pois sua instituição era divina e a promessa da salvação de Deus estava conexa a eles; mas, em sentido estrito, apenas o batismo e a eucaristia seriam verdadeiros sacramentos, pois apenas estes tinham o "sinal visível da instituição divina": a água no batismo e o pão e vinho da eucaristia. Lutero negou, em seu documento, que a confirmação, o matrimônio, a ordenação sacerdotal e a extrema unção fossem sacramentos.

Liberdade de um Cristão
Da mesma forma, o completo desenvolvimento da doutrina de Lutero sobre a salvação e a vida cristã foi exposta em "A liberdade de um cristão" (publicado em 20 de novembro de 1520, onde exigia uma completa união com Cristo mediante a palavra através da fé, e a inteira liberdade do cristão como sacerdote e rei sobre todas as coisas exteriores, e um perfeito amor ao próximo). As duas teses que Lutero desenvolve nesse tratado, aparentemente contraditórias, mas em verdade complementares, são: "O cristão é um senhor libérrimo sobre tudo, a ninguém sujeito. O cristão é um servo oficiosíssimo de tudo, a todos sujeito." A primeira tese é válida "na fé"; a segunda, "no amor".

A excomunhão
A 15 de junho de 1520 o Papa advertiu a Lutero, com a bula "Exsurge Domine", onde ameaçava-o com a excomunhão, a menos que num prazo de sessenta dias repudiasse 41 pontos de sua doutrina, selecionados em seus escritos. Em outubro de 1520 Lutero enviou seu escrito "A liberdade de um cristão" ao Papa, acrescentando a frase significativa:
"Eu não me submeto a leis ao interpretar a palavra de Deus".
Enquanto isto, um rumor chegara de que Johan Ech saíra de Meissem com uma proibição papal, enquanto este se pronunciara realmente a 21 de setembro. O último esforço de paz de Lutero foi seguido em 12 de dezembro da queima da bula, que já tinha expirado há 120 dias, e o decreto papa de Wittenberg, defendendo-se com seus "Warum des Papstes und seiner Jünger Bücher verbrannt sind" e "Assertio omnium articulorum". O Papa Leão X excomungou Lutero a 3 de janeiro de 1521, na bula "Decet Romanum Pontificem".
A execução da proibição, com efeito, foi evitada pela relação do Papa com Frederico III da Saxônia, e pelo novo imperador, Carlo I da Espanha (Carlos V) que julgou inoportuna apoiar as medidas contra Lutero, diante de sua posição face a Dieta.

Rebirth memories-Betty Boop








Rebirth dedica...


A um amiguinho que gosta muito desta banda...


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Rebirth dedica...


Video da semana-Tarantula


Belos tempos...


Rebirth memories-Tico e Teco





Mitos e lendas-Remo e Rómulo


Rômulo e Remo são dois irmãos que, de acordo com o mito de fundação da cidade de Roma, teriam sido criados por uma loba.

História
Diz a lenda que quando Tróia caiu(século XII a.C.), Enéias, príncipe troiano filho de Vênus e Anquises (Anchises), conseguiu salvar-se da cidade que ardia carregando o pai nas costas e o filho, Ascânio, pela mão. Após longa peregrinação, chegou ao Lácio. Eneias ter-se-ia fixado junto ao rio Tibre, onde se casou com uma filha do rei Latino (dando-se o nome de Latinos ao seu povo). O filho de Enéias fundou a cidade de Alba Longa.
O Tempo passou e os descendentes de Enéias reinavam em Alba. Um deles, Numitor, três séculos mais tarde, foi deposto e aprisionado por Amúlio, seu irmão. Amúlio matou um sobrinho e, para que não houvesse descendência, colocou sua sobrinha, Réia Silvia, num colégio de Vestais, transformando-a em Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta). Um dia, segundo a versão mais corrente da lenda, a velha vestal teria ido buscar água para um sacrifício em um bosque sagrado, junto ao rio Tibre, quando foi seduzida (para outros, apenas assediada) por Marte, deus romano da guerra, que a engravidou, tendo nascido desta união proibida dois gêmeos: Rômulo e Remo.


Como desejava o trono, o rei Amúlio mandou encarcerar Réa Sílvia e, temeroso que estas crianças viessem futuramente a destroná-lo, mandou abandonar os meninos no Tibre numa cesta. A correnteza do Tibre, em vez de as levar para o mar, milagrosamente, depositou-as junto ao Ficus ruminalis, uma figueira sagrada do monte Palatino. Rômulo e Remo foram salvos por uma loba enviada por Marte quando chegaram ao local de fundação da cidade de Roma. A loba, animal sagrado para os romanos, as criou, amamentou e protegeu juntamente com as suas crias, na sua gruta, no Lupercal, o que garantiu sua sobrevivência. Depois, foram encontrados pelo pastor do rei Amúlio, Fáustulo, que os levou para criar e educar com sua esposa, Larência. Quando o Fáustulo os encontrou, eram amamentados pela loba, como mostram tantas gravuras, quadros e esculturas famosas. O pastor deu os nomes de Rômulo e Remo às crianças e confiou-os a sua esposa. Há uma versão que diz que Larência era uma prostituta {lupa - loba, na gíria latina), daí a lenda da loba.
Crescidos os meninos, durante um festival, Remo foi aprisionado pelo rei Númitor, que o acusou, a ele, Rômulo e seus companheiros de furtarem gado em suas terras. Rômulo, não sendo apanhado, retornou à casa, quando ficou sabendo por Fáustulo das circunstâncias do seu nascimento e toda sua história. Apresentou-se, então, ao rei Númitor, já como seu neto, narrando-lhe os fatos. Sensibilizado, o rei festejou o evento, organizando, posteriormente, com a ajuda de seu neto, uma invasão ao palácio de Amúlio. Rómulo libertou o irmão e, a seguir, matou Amúlio, colocando, em seu lugar, Numitor, seu avô, novo rei de Alba (a sede deste reino era no monte Aventino). Numitor, agradecido, deu-lhes ordem para fundar uma cidade às margens do Tibre, que foi Roma (ano de 753 a.C.).


Para saberem o local onde seria mais propícia a sua edificação, interrogaram os presságios. Remo instalou-se no monte Aventino, e Rômulo no Palatino, onde cada um dos gêmeos consultou os deuses para saber onde se fundaria a nova cidade. A Remo foi-lhe enviado como presságio seis abutres a voarem sobre o Aventino, enquanto a Rômulo, favorecido pela Fortuna, lhe surgiram doze aves.


Favorecido pelos augúrios, Rômulo, para demarcar o território da cidade, logo traçou, em torno de Palatino, um grande sulco circular, demarcando o pomerium (recinto sagrado da nova cidade), com uma charrua (arado) guiada por dois bois brancos; a terra remexida simbolizava uma muralha e o sulco simbolizava o fosso. Esse sulco circular não era completamente fechado, apresentando interrupções onde seriam os portões da cidade. Enciumado por não ter sido escolhido pelos presságios, Remo escarneceu do irmão, afirmando que o local era mal protegido. Para mostrar ao irmão que aquelas muralhas não valiam de nada, transpô-la de um salto, ridicularizando a obra do irmão. Este, furioso, matou-o a golpes de espada depois de descobrir que esteve com outro na cama, o sacrifício sangrento necessário para fundação de Roma, deixando claro que quem infrigisse as leis romanas, sofreria as consequências. Rômulo enterrou Remo sob o Aventino e, posteriormente, arrependeu-se do assassinato, chorando a morte do irmão, mas o destino estava traçado. A rivalidade que sempre existiu entre os bairros da Roma antiga, Aventino e Palatino, é explicada pela divergência havida entre os dois irmãos, Rômulo e Remo.

Rômulo deu seu nome a nova cidade, Roma. Após a fundação da cidade em 753 a.C., Rómulo preocupou-se em povoá-la. Como os recursos locais eram insuficientes, criou no Capitólio um refúgio para todos os banidos, refugiados, exilados, devedores insolentes, assassinos e escravos fugidos da redondeza. Como faltavam mulheres, durante uma festa, os novos habitantes raptaram todas as jovens do povo vizinho, os poderosos sabinos. Estes, reunidos sob o comando de Tito Tácio, atacaram Roma. Com a ajuda de Tarpéia, conseguiram penetrar no Capitólio. Entretanto, graças à intervenção pacificadora das mulheres, romanos e sabinos assinaram um tratado de paz. Tito Tácio e Rómulo passaram a governar em conjunto. A segunda geração romana era, deste modo, uma mistura entre habitantes das colinas romanas, latinos e sabinos, fusão que estará na origem da formação étnica do povo de Roma (os Quirites).
Depois da morte de Tito Tácio, Rómulo reinou sozinho durante 33 anos. Instituiu o Senado, criou a primeira legião, dividiu os cidadãos em patrícios e plebeus. Foi chamado Pai da Pátria. Aos 54 anos, enquanto passava em revista as tropas, irrompeu terrível tempestade, acompanhada de um eclipse solar. Passada a tormenta, o rei tinha desaparecido. Em sonho, revelou a Próculo que tinha sido raptado pelos deuses e se havia transformado no deus Quirino.
Esta lenda, originada possivelmente em princípios do século IV a.C. e consolidada em sua forma definitiva cerca de duzentos anos depois, está narrada no poema épico Eneida, do poeta romano Virgílio, que aproxima a história romana da troiana, já que Enéias, pai de Réia Silvia, era um dos heróis de Troia, que, depois de sua destruição, fugiu para a Itália. A história tinha o objetivo fundamental de associar a fundação de Roma com uma divindade, no caso Marte, deus da guerra e protetor das legiões romanas. Parece provável, entretanto, que nela se encontrem representados miticamente fatos reais sobre a fundação da cidade, como as lutas entre povos rivais. Relatos semelhantes são freqüentes na mitologia grega e constituíram o modelo da lenda de Rômulo e Remo. As pesquisas arqueológicas têm confirmado alguns dados tradicionais, como a data de fundação da cidade.

Eventos históricos-dia 29 de Outubro

Eventos históricos
1340 - Batalha do Salado, pela defesa da Península Ibérica da invasão dos mouros (veja também Reconquista)
1810 - Fundação da Real Biblioteca, hoje Biblioteca Nacional (do Brasil)
1916 - Primeira vitória do clube Vasco da Gama: 2X1 sobre a Associação Atlética River São Bento
1923 - Queda do Império Otomano e fundação da República da Turquia.
1929 - É considerado popularmente o início da Grande Depressão.
1942 - Holocausto: protesto no Reino Unido denuncia os horrores da perseguição aos judeus pelos alemães
1945 - Estado Novo: presidente Getúlio Vargas é deposto por militares de seu próprio ministério
1956 - Crise do canal de Suez: Israel invade a Península de Sinai e força as tropas do Egito para o outro lado do Canal de Suez
1969 - O Hino do Estado do Pará se torna hino oficial por meio de emenda constitucional.
1978 - Todos os serviços de passageiros remanescentes da Canadian Pacific Railway são transferidos para a VIA Rail
2003 - Convidado pela Philip Morris International, João Braga inaugura a Casa do Chá, em Lisboa
2004 - Osama bin Laden assume explicitamente a responsabilidade pelos ataques de 11 de Setembro
2006 - Luís Inácio Lula da Silva é reeleito Presidente da República no mandato de 2007-2010

Nascimentos
1811 - Louis Blanc, historiador e socialista utópico francês (m. 1882)
1819 - Fernando de Saxe-Coburg-Gotha, rei consorte de Portugal
1831 - Othniel Charles Marsh, paleontólogo estado-unidense (m. 1899)
1897 - Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Adolf Hitler (m. 1945)
1901 - Daniele Amfitheatrof, maestro e compositor russo (m. 1983)
1905 - Adalgisa Nery, poeta, jornalista e política brasileira (m. 1980)
1910 - A. J. Ayer, educador e filósofo britânico (m. 1989)
1920 - Baruj Benacerraf, imunologista venezuelo-americano
1925
Robert Hardy, ator inglês
Klaus Friedrich Roth, matemático britânico
1930 - Geraldo Del Rey, ator brasileiro (m. 1993)
1935 - Isao Takahata, realizador japonês de animação
1936 - Akiko Kojima, Miss Universo 1959, japonesa
1940 - Cláudio Mamberti, ator brasileiro (m. 2001)
1947 - Richard Dreyfuss, ator norte-americano
1948 - Nei Duclós, jornalista, poeta e escritor brasileiro
1953 - Claudete Troiano, apresentadora de televisão brasileira.
1960 - Lídia Brondi, atriz brasileira.
1963 - Flávio Lemos, baixista da banda de rock brasileira Capital Inicial
1969 - Roni Size, DJ inglês.
1971 - Winona Ryder, atriz norte-americana
1979 - Simone Spoladore - atriz brasileira

Falecimentos
1618 - Walter Raleigh, exploradore, espião, escritor e poeta britânico (n. 1554)
1783 - D‘Alembert, matemático e físico francês que participou na edição da Encyclopédie, a primeira enciclopédia publicada na Europa (n. 1717)
1866 - Borja de Medeiros, almirante brasileiro (n.1778)
1971 - Arne Wilhelm Kaurin Tiselius, químico sueco (n. 1902)
1981 - Georges Brassens, autor de canções, compositor e cantor francês (n. 1921)
1983 - Ana Cristina César, poeta brasileira (n. 1952)
2002 - "Rainha-Mãe" Elizabeth (n. 1900)
2004 - Jacinto João, futebolista português (n. 1944)

Feriados e eventos cíclicos
Dia Nacional do Livro no Brasil
Dia Mundial da Psoríase

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Sabia que?



Se a lua fosse habitada na mesma proporção da Terra, teria 1,64 bilhão de pessoas?
A cada dois segundos, uma boneca Barbie é vendida em algum lugar do planeta?
A cada hora extinguem-se 3 espécies de animais e, a cada dia, 150?
O menor alfabeto do mundo é o rotokas, idioma falado em uma ilha de Papua Nova Guiné, com 12 letras?
No século XVIII, as máquinas de lavar eram movidas por cachorros correndo?

Músicas da minha vida

Dedico estas músicas a uma pessoa muito especial

http://www.youtube.com/watch?v=4S5zzo67r6E
http://www.youtube.com/watch?v=CE1bVsr3bfY

Video da semana-Helloween


Rebirth´s memories




quarta-feira, 24 de outubro de 2007

O saber não ocupa lugar-poder do limão


O limão é verdadeiramente uma jóia da natureza. Pode ser considerado o rei dos frutos curativos, sendo impressionante a quantidade e variedade das suas aplicações. No entanto, tendemos a repudiá-lo, quando pensamos no seu gosto azedo, e a minimizar as suas virtudes, tanto na manutenção e recuperação da saúde, quanto ao seu valor nutricional e possibilidades múltiplas de utilização culinária.Esta atitude se instalou pela suposição de que ele é agressivo para o estômago, que pode acidificar o sangue, descalcificar e enfraquecer o organismo... Ora, nada mais falso e oposto à realidade. Vejamos:PropriedadesAtravés de estudos prolongados, constatou-se que o uso do limão estimula a produção do carbonato de potássio no organismo, promovendo a neutralização de acidez do meio humoral. Efectivamente, apesar de no estado livre ter como princípio activo o poderoso ácido cítrico, este, em contacto com o meio celular, no interior do nosso organismo, é transformado durante a digestão e comporta-se como um alcalinizante, ou seja, um neutralizante da acidez interna. Os seus diversos sais, por seu turno, convertem-se em carbonatos e bicarbonatos de cálcio, potássio, etc, os quais concorrem para acentuar positivamente a alcalinidade do sangue.Um dos efeitos notáveis do limão é, por exemplo, o de combater o ácido úrico - temível inimigo (tantas vezes letal) de muitos cidadãos quando chegam a uma idade mais "respeitável".Tomado pela manhã, em jejum (10 a 20 minutos antes do desjejum), descongestiona e desintoxica o organismo e, se usado com regularidade, erradicará por completo todos os uratos.Deste modo, é evidente a sua grande valia nas diversas patologias reumáticas e artríticas. Com efeito, a ingestão da dieta de limões (ver abaixo), aumenta na urina a excreção de ácido úrico, uréia e ácido fosfórico.Seu uso Interno (como também externo) é muito útil na regeneração dos tecidos inflamados das mucosas, reconduzindo ao estado e funcionamento normal de todos os órgãos do aparelho digestivo. Nas afecções gastro intestinais, os ácidos do limão destroem os germes e as bactérias nocivas que se libertam e que contribuem para gerar as ulcerações. Ainda combate as fermentações e os gases.É um amigo do pâncreas e, malgrado certas apreensões quanto a supostas incompatibilidades com o sistema bilioso, revela-se um expurgador e um tonificante do fígado e da vesícula.Relativamente ao aparelho genito-urinário, bem como ao sistema cardiovascular, é igualmente um poderosíssimo eliminador de toxinas e um tônico privilegiado. Tem, assim, acção que impede e neutraliza a proliferação das tão temidas afecções arterioscleróticas.Gargarejos do seu suco fresco são benéficos para todos os tipos de afecções do trato nasofaríngeo, bem como para laringites e gengivites. Inalado (puro ou diluído), é um bom desinfectante nas rinites e sinusites.Indicações de uso Interno. Asma; Enfisema (paralelamente com a terapia do limão, deve erradicar-se os regimes hiperprotéicos). Infecções pulmonares, Tuberculose pulmonar e óssea, Bronquite crônica, Constipações e Gripes. Afecções Cardiovasculares, Varizes e Flebites. Fragilidade capilar; Dermatites várias, Prurido, Eczema e Despigmentação. Hiperviscosidade sanguínea (fluidificante sanguíneo). Doenças infecciosas (coadjuvante no tratamento de mononucleoses, leucocitoses, blenorragias, sífilis, etc.). Paludismo e Piorréia alvéolo dental. Febres (infusão de folhas de limoeiro e/ou cascas do fruto, podendo juntar-se o suco). Gastrites, Dispepsias e Aerofagias (também se podem mastigar finas lascas da casca do citrino). Úlceras de estômago e do duodeno, Esofagite de refluxo. Insuficiência hepática e pancreática; Icterícia e congestão hepática (utilização e quantidades adaptados a cada caso). Desinteria, Diarréias, Febre tifóide e Hemorróidas. Colites, Meteorismo e Parasitas intestinais (ralar a casca do limão e fervê-la em água, com ou sem açúcar). Fortalecedor da visão, Glaucoma e Hipertensão ocular. Hemorragias, Hemofilia e Escorbuto. Astenia, Anemias e Desmineralizações (aumenta a capacidade imunológica). Amamentação, Obesidade e Disfunções metabólicas (reequilibrante). Hipertensão arterial; hipotensão arterial (regulador da pressão). Afecções do sistema nervoso (fortalece e equilibra. As flores do limoeiro são também muito benéficas). Diabetes, Leucemia (preventivo), Cancro (preventivo), Enfarte (preventivo) e Tromboses; embolias (preventivo). Escleroses, Arteriosclerose, Doenças reumáticas e Artrites. Descalcificações, Linfatismo e Ascites. Retenções urinárias e Litíase urinária e biliar. Prevenção de epidemias, Antitóxico; AntivenenosIndicações de uso Externo. Conjuntivites; Fortalecedor da visão (gota do suco utilizada como colírio) e Tonificante ocular (banhando os olhos, de manhã, ao levantar, com água acidulada por algumas gotas de limão). Cefaléias (neste caso, colocar compressas embebidas em sumo na fronte e nas têmporas). Febre do feno, Sinusites e Anginas. Hemorragias nasais (epistaxis) e Otites. Estomatites, Glossites, Aftas e Sifílides bucais. Blefarites, Terçóis e Herpes. Dermatoses (erupções, furúnculos, etc), Feridas infectadas e Picadas de insetos. Verrugas, Seborréia facial, Tônico e adstringente facial. Unhas quebradiças e Pés sensíveis (friccionar com sumo ou polpa). Queda do cabelo (fazer lavagens e fricções do couro cabeludo com o sumo puro). Tonificante corporal (juntando suco de limões espremidos à água do banho)ComposiçãoEntre os frutos conhecidos e disponíveis, é o que apresenta o mais elevado índice de radioactividade natural e benéfica (85%), sendo seguido pela uva moscatel ácida e pelo ananás (74%).Podemos dizer que existem cerca de 70 variedades. Todas são portadoras de uma enorme capacidade vitamínica e de dinamismo no nosso metabolismo interno.- Contém vitamina B1, B2 e B3, provitamina A (caroteno), que se encontra principalmente na casca e, vitamina A na polpa fresca e sumo.- É riquíssimo em vitamina C (40 a 50mg/100gr de fruto), que joga um papel inestimável nos fenômenos óxido-redutores, beneficiando, concomitantemente, o desempenho das glândulas endócrinas. Por essa razão, é indispensável a sua ingestão diária.- Possui vitamina PP, que age protegendo e tonificando o sistema vascular, e vitamina I que é um preventivo das pneumonias.- Contém grandes quantidades de sais minerais e oligoelementos como o cálcio, ferro, ício, fósforo, cobre, magnésio e iodo.- Encontram-se apreciáveis percentagens de ácidos cítricos e málico, além de pequenas quantidades de ácido acético, fórmico e de citratos de potássio e de sódio.- É portador de glucose e frutose directamente assimiláveis, bem como de sacarose.- Contém gomas, mucilagem e algumas albuminas.

Cantinho do Islam


Mensagem do dia


Quando estivermos passando por tempestades e os ventos estiverem muito fortes, vamos olhar para o céu e ver quão grande ele é, e dizer conosco mesmo.Se Deus foi capaz de criar o céu e a terra, imagine como será fácil para Ele resolver os nossos problemas que são tão pequenos, diante de tão grandiosa obra.

Rebirth´s memories






Mitos e lendas-Galo de Barcelos




A Lenda do Galo de Barcelos está associada ao cruzeiro seiscentista que faz parte do espólio do Museu Arqueológico de Barcelos.

História
Um peregrino galego que saía de Barcelos em peregrinação para Santiago de Compostela foi acusado de ter roubado umas pratas a um proprietário e condenado a enforcamento. Num apelo final, pediu um encontro com o juiz, que se preparava para comer um galo assado. O galego jurou que, como prova da sua inocência, o galo se levantaria do prato e cantaria. O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo.
Todavia, quando o preso estava a ser enforcado, o galo levantou-se e cantou. O juiz compreendeu o seu erro, correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito. De acordo com a lenda, o galego voltou anos mais tarde para esculpir o Cruzeiro do Senhor do Galo, agora no Museu Arqueológico de Barcelos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Video da semana-Hangar


Lendas e mitos-Coca




A coca é um ser mítico, uma espécie de fantasma, bruxa ou bicho-papão com que se assustam meninos. Embora não tenha uma aparência definida, este ser assustador tinha uma representação figurada, a sua cabeça era uma espécie de abóbora ou cabaça da qual saía luz (ou fogo). A representação da coca era feita com uma panela ou abóbora oca em que se faziam três ou quatro buracos, imitando olhos, nariz e boca, e em que se colocava uma luz dentro e deixava-se, durante a noite, num lugar bem escuro para assustar crianças e pessoas que passavam .A coca é um ser feminino, o equivalente masculino é o coco embora ambos acabem por ser dois aspectos do mesmo ser, confundem-se um com o outro na sua representação e no seu papel de assustar meninos; como nenhum destes seres tem uma forma definida toma-se um pelo outro.




A Festa da Coca
No norte de Portugal, a coca é representada por um dragão com escamas. Na vila de Monção, conhecida como a terra da "coca", ela é chamada de "santa coca" ou "coca rabixa". Na festa do dia do Corpus Christi a coca é o dragão que luta com São Jorge na representação da lenda de São Jorge e o dragão. Há referências à Festa da Coca desde o século XVI.
Após a Procissão do Corpo de Deus, o povo forma círculo na Praça Deuladeu. A coca (o dragão) – uma estrutura de madeira com um homem no interior – e um cavaleiro representando S. Jorge, com uma capa vermelha, elmo e lança, iniciam a "luta". A coca é empurrada pelos populares contra o cavalo, enquanto o cavaleiro desfere golpes contra a carapaça. Finalmente, S. Jorge vence com um golpe sobre a orelha da coca. A coca sem a orelha perde a força. E assim, mais uma vez, o Mal é vencido pelo Bem.

Literatura
Na literatura oral a coca é tema das cantigas de embalar, tal como o bicho-papão que rouba criancinhas ou a Maria-da-Manta que tem fogo nos olhos, é um ser que assusta as crianças, está sempre à espreita (está sempre à coca), e impede que o sono chegue. O sono é muitas vezes personificado por um outro ser mítico, o João Pestana.
“Vai-te coca vai-te coca
Para cima do telhado
Deixa dormir o menino
Um soninho descansado.”
No Auto da Barca do Purgatório , (1518), de Gil Vicente, um menino identifica o diabo como o "coco" :
“Mãe e o coco está ali
queres vós estar quedo co’ele?
Demo : Passa passa tu per i.
Menino: E vós quereis dar em mi
Ó demo que o trouxe ele. “
Nas Décadas da Ásia (1563), João de Barros descreve como o nome do coco (fruto), teve origem nesta
“[...]por razão da qual figura, sem ser figura, os nossos lhe chamaram coco,
nome imposto pelas mulheres a qualquer cousa, com que querem fazer medo às crianças,
o qual nome assi lhe ficou[...]”




A coca e o coco no mundo
O papel de assustar meninos estendeu-se até ao Brasil, levado pelos primeiros colonizadores, onde a coca é conhecida por um outro sinónimo: cuca.
Na Catalunha este ser é chamado de "cuca" ou "cucafera" e é frequentemente representada por um dragão.
Na Galiza a coca é representada por um dragão e o dia da coca é celebrado em Redondela no dia do Corpus Christi.
O mito do coco também se espalhou pelos países de língua castelhana e, segundo o dicionário da Real Academia Espanhola,“el coco” (também chamado de “el cuco”) teve origem no fantasma português: “(Del port. côco, fantasma que lleva una calabaza vacía, a modo de cabeza). Fantasma con que se mete miedo a los niños”[

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Anedota

Dois garotinhos (João e Zé) foram ao cinema assistir a um filme da Disney,
e o cinema era daqueles antigos que tinham um mezanino. Zé foi para a parte
de cima e João ficou bem em baixo. Durante o filme Zé esbarrou em um Sr. que
estava ao seu lado fumando e as cinzas caíram em cima do João.
Qual o nome do filme?

R: MY QUEYMOU ZÉ

O saber não ocupa lugar-Angus Mac Og


Angus Mac Oc , cujo nome significa O Filho Mais Jovem, era filho de Dagda e Boann e fazia parte dos Tuatha de Dannan. Também é conhecido por Aengus ou Oengus e era, para os Celtas da Irlanda antiga, um deus da juventude, do amor e da beleza. Possuía uma harpa dourada que produzia uma música de irresistível doçura e dizia-se que os seus beijos se transformavam em pássaros que transportavam as mensagens de amor.
Uma das lendas conta que Angus se apaixonou por uma jovem que apenas viu em sonhos. Decidido a encontrá-la acaba por descobrir que é filha de Ethal Anbuais, um Sidh que morava em Connaught. Angus acaba por encontrar a sua amada perto de um lago como sendo a mais alta de um grupo de 150 jovens. Ethal conta a Angus que a sua filha é vítima de um encanto que faz com que ela se transformasse em cisne a cada dois anos (durante um ano permanecia mulher e durante o ano seguinte permanecia cisne). Assim, para poder desposá-la, Angus precisava transformar-se em cisne, durante a noite do próximo Samhain. Assim foi, nessa data, Angus deslocou-se ao lago onde se encontrava a sua amada. Ao mesmo tempo que sua futura esposa se transformava em Cisne, juntamente com as restantes jovens, também Angus se transfigurou num belo cisne. Os dois, juntos, voaram então, ao redor do lago por três vezes, cantando uma melodia que fez o mundo adormecer por três dias e três noites

Frases do dia


Se um desconhecido lhe oferecer flores. Cuidado, ele é GAY!

TAP: Take Another Plane


HALOGÉNIO: Forma de cumprimentar os génios


"To beer or not to beer" - ShakesBeer


Tudo na vida é passageiro, excepto o cobrador e o motorista


Uma avó é uma babysitter que olha para as crianças e não p'rá televisão


Mais vale um cabelo na cabeça que dois no pente

O aqueduto das Aguas Livres


O Aqueduto das Águas Livres ergue-se sobre o vale de Alcântara, na cidade de Lisboa, em Portugal.
Considerado como um dos locais mais bonitos de Lisboa na atualidade, a construção de um aqueduto para levar água à cidade deu, a D. João V (1706-1750), a oportunidade para satisfazer a sua paixão pelas construções grandiosas, uma vez que a única área de Lisboa que tinha água era o bairro da Alfama.
O projecto foi custeado com a receita de uma taxa sobre a carne, o vinho, o azeite e outros produtos alimentares. Apesar de só ter sido concluído no século XIX, em 1748 já atendia a função de forner água à cidade.
Na primeira fase da sua construção, até à chegada a Lisboa em 1748, contou com a participação de arquitectos e engenheiros militares famosos, nomeadamente António Canevari (italiano), Manoel de Azevedo Fortes, Silva Pais, Manuel da Maia, Custódio Vieira (autor da arcaria sobre o vale de Alcântara) e Carlos Mardel (húngaro). Manuel da Maia e Carlos Mardel haveriam de ter, após o grande terramoto de 1755, um papel crucial na reconstrução da Baixa Pombalina.
O caminho público por cima do aqueduto, esteve fechado desde 1853, em parte devido aos crimes praticados por Diogo Alves, um criminoso que lançava as suas vítimas do alto dos arcos e que foi o último decapitado da História de Portugal. Atualmente é possível fazer um passeio guiado por cima dos mesmos. Também é possível, ocasionalmente, visitar o reservatório da Mãe d'Água.

A sua conduta principal apresenta a extensão de 19 quilómetros, embora o comprimento total, incluindo os canais secundários, seja de 58 quilômetros. Com 127 arcos, a sua parte mais conhecida são os 35 arcos sobre o vale, o mais alto dos quais mede 65 metros de altura.
Na extremidade do aqueduto, a Mãe d'Água das Amoreiras é uma espécie de castelo que outrora serviu como reservatório. O desenho original, de 1745, foi do arquitecto Carlos Mardel. Completado em 1834, tornou-se num popular local de encontro para os monarcas e as suas amantes. Atualmente esse espaço, requalificado como Museu da Água, é utilizado para exposições de arte, desfiles de moda e outros eventos.

Rebirth´s memories-Bon Jovi


sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Rir é o melhor remédio


Cantinho do Islam-Eid Mubarak

Amiguinhos,hoje comemora se a festa do Eid ul Fitre(fim do mês do Ramadão)

Eid Mubarak a todos os muçulmanos

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Cantinho do Islam-Surah Al Fatiah

Eis o primeiro surah do Sagrado Alcorão

http://www.youtube.com/watch?v=Fm-UmxBP2OM

http://www.youtube.com/watch?v=CXCeJQiXqlU

Video da semana-Carry on


A suástica ou cruz granada

A suástica ou cruz gamada é um símbolo místico encontrado em muitas culturas em tempos diferentes, dos índios Hopi aos Astecas, dos Celtas aos Budistas, dos Gregos aos Hindus. Alguns autores acreditam que a suástica tem um valor especial por ser encontrada em muitas culturas sem contatos umas com as outras. Os símbolos a que chamamos suástica possuem detalhes gráficos bastante distintos. Vários desenhos de suásticas usam figuras com três linhas. A nazista tem os braços, apontando para o sentido horário, ou seja, indo para a direita e roda a figura de modo a um dos braços estar no topo. Outras chamadas suásticas não têm braços e consistem de cruzes com linhas curvas. Os símbolos Islâmicos e Malteses parecem mais hélices do que suásticas. A chamada suástica celta dificilmente se assemelha a uma. As suásticas Budistas e Hopi parecem reflexos no espelho do símbolo Nazista. China : Símbolo da orientação quádrupla que segue os pontos cardeais. Desde 700 d.C., ela assume ali o significado de número dez mil. No Japão, a suástica (卍manji) é usada para representar templos e santuários em mapas.

A suástica usada como símbolo do Budismo e que significa "bons ventos", foi utilizada por Adolf Hitler, devido à sua aparência como uma engrenagem, supostamente para simbolizar sua intenção de uma Revolução Industrial na Alemanha. Outro significado atribuído à suástica é "boa sorte", do sânscrito. Em 1957, o governo alemão criou uma lei pela qual a exibição da suástica em bandeiras, documentos e pinturas é expressamente proibida; leis similares foram adotadas em alguns países. Isso aconteceu para inibir qualquer tipo de adoração ao regime nazista.

Difusão do Símbolo

A imagem da cruz suástica foi primeiro utilizada no Período Neolítico, na Eurásia. Foi também adotada por nativos americanos, em diversas culturas, sem qualquer interferência umas com as outras. A Cruz Suástica também é utilizada em diversas cerimônias civis e religiosas da Índia: muitos templos indianos, casamentos, festivais e celebrações são decorados com suásticas. O símbolo foi introduzido no Sudeste Asiático por reis hindus, e remanescentes desse período subsistem de forma integral no Hinduísmo balinês até os dias atuais, além de ser um símbolo bastante comum na Indonésia.
O símbolo tem uma história bastante antiga na Europa, aparecendo em artefatos de culturas européias pré-cristãs. No começo do século XX era largamente utilizado em muitas partes do mundo, considerado como amuleto de sorte e sucesso. Entre os nórdicos, a suástica está associada a uma Runa, Gibur, ou Gebo.
Desde que foi adotado como logomarca do Partido Nazista de Adolf Hitler a suástica passou a ser associada ao fascismo, ao racismo, à supremacia branca, à II Guerra Mundial e ao Holocausto na maior parte do Ocidente. Antes ela havia reaparecido num reconhecido trabalho arqueológico de Heinrich Schliemann, quando descobriu esta imagem no antigo sítio em que localizara a cidade de Tróia, sendo então associada com as migrações ancestrais dos povos "proto-indo-europeus" dos Arianos. Ele fez uma conexão entre estes achados e antigos vasos germânicos, e teorizou que a suástica era um "significativo símbolo religioso de nossos remotos ancestrais", unindo os antigos germânicos às culturas gregas e védicas.
Os nazistas utilizaram-se destas idéias, desde os primórdios dos movimentos chamados "völkisch", adotando a suástica como símbolo a "identidade ariana" - conceito este referendado por teóricos como Alfred Rosenberg, associando-a às raças nórdicas - grupos originários do norte europeu. A suástica sobrevive como símbolo dos grupos neonazistas ou como forma de alguns grupos de ativistas ofenderem seus adversários. Mas também sobrevive como símbolo de sociedades esotéricas, como é o caso da sociedade Teosófica.

Etimologia e outros nomes
A palavra "suástica" deriva do sânscrito svastika (no script Devanagari - स्वस्तिक), significando um amuleto da sorte, e uma marca particular de pessoas ou coisas que trazem boa sorte. Ela é formada do prefixo "su-" (cognata do grego ευ-), significando "bom, bem" e "-asti", uma forma abstrata para representar o verbo "ser". Suasti significa, portanto, "bem-ser". O sufixo "-ca" designa uma forma diminutiva, portanto "suástica" pode ser literalmente traduzida por "pequenas coisas associadas ao que traz um bom viver (ser)". O sufixo "-tica", independentemente do quanto foi dito, significa literalmente "marca". Desta forma na Índia um nome alternativo para "suástica" é shubhtika (literalmente, "boa marca"). A palavra tem sua primeira aparição nos clássicos épicos em sânscrito Ramayana e Mahabharata
Formas alternativas de escrita deste vocábulo sânscrito em inglês incluem "suastika" e "svastica". Formas alternativas de denominar o símbolo:
"Aranha negra" - como chamada por diversos povos da Europa Ocidental.
"Cruz torta"
"Cruz Gamada" (ou "em ganchos") - na Heráldica.


Histórico
As primeiras formas similares à suástica estão conservadas em vasos cerâmicos datados de cerca de 4000 a.C., em antigas inscrições européias (escrita "vinca"), e como parte da escrita encontrada na região do Indo, de cerca de 3000 a.C., a qual as religiões posteriores (hinduísmo, budismo) passaram a usar como um de seus símbolos. Vasos encontrados em Sintashta, datados de cerca de 2000 a.C. também foram decorados com o símbolo suástico (veja aqui). Símbolos semelhantes foram encontrados em objetos remanescentes das Idades do Bronze e do Ferro no norte do Cáucaso e no Azerbaijão, oriundos das culturas dos cítios e sarmácios (vide:[1]). Em todas as demais culturas, com a exceção daquelas do sul asiático, a suástica não parece apresentar alguma significação relevante, mas surge como uma forma em meio a uma série de símbolos similares em complexas variações.

Hinduísmo
A Suástica é encontrada em templos hindus, símbolos, altares, quadros e na iconografia sagrada que há por toda parte. É usada em todos os casamentos hindus, nos festivais, em cerimônias variadas, nas casas e portões, em roupas e jóias, meios de transporte e até mesmo como elemento decorativo de pratos diversos, como bolos e massas.
É um dos 108 símbolos de Vishnu - e representa ali os raios do Sol, sem os quais não haveria vida.
O som Aum é também sagrado no Hinduísmo. Considera-se Aum como representativo do único tom primordial da criação. Já a Suástica é uma marca puramente geométrica, sem nenhum som que lhe esteja associado. Também é vista como indicadora das quatro direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), neste caso simbolizando estabilidade e solidez. Já o seu uso como símbolo do Sol pode ser visto primeiro como uma representação de Surya - o deus hindu do Sol.
Para o Hinduismo, os dois símbolos representam as duas formas do deus criador, Brahma: voltada para a direita, a cruz representa a evolução do Universo (ou Pravritti); para a esquerda, simboliza a involução do Universo (Nivritti). Também pode ser interpretado como representando as quatro direções (Norte, Leste, Sul e Oeste), com significado de estabilidade e solidez.
Usada como símbolo do Sol, pode ser interpretada primeiro como representação de Surya, o deus hindu do Sol.
A Suástica é considerada extremamente santa e auspiciosa por todos os hindus, e seu uso decorativo está presente em todos os tipos de artigos relativos à sua cultura.
No interior do subcontinente indiano pode ser visto nas laterais de templos, desenhada em inscrições dos túmulos, em muitos desenhos religiosos.
O deus Ganesh muitas vezes é feito sentado sobre uma flor de lótus, numa cama de suásticas.
Já entre os hindus de Bengala (e atual Bangladesh), é comum ver-se o nome da Suástica ser aplicado a um desenho ligeiramente diferente, mas com a mesma significação da suástica comum, e da mesma forma usada como sinal auspicioso. Este símbolo se parece um tanto com a figura de um ser humano, e é um nome bastante comum entre os bengali, a tal ponto que uma importante revista de Calcutá é "Suástica". A figura ali usada, entretanto, não tem uso muito comum, na Índia.

Budismo

Suástica em um templo budista da Coréia.
O Budismo foi fundado por um príncipe hindu e as duas formas da suástica foi uma herança dessa cultura. O símbolo foi incorporado, desde a Dinastia Liao, nos ideogramas chineses, com o sinal representativo 萬 ou 万 (wan, em chinês; man, em japonês; van, em vietnamita), significando algo como "tudo" ou "eternidade", mas o desenho 卐 (suástica virada à direita) é raramente usado. A suástica marca as fachadas de muitos templos budistas. As suásticas (qualquer das duas variantes) costumam ser desenhadas no peito de muitas esculturas de Buda, e freqüentemente aparece ao pé da estatuária de Buda.
Em razão da associação da suástica voltada para a direita com o nazismo após a segunda metade do século XX, a suástica budista, fora da Índia, tem sido utilizada apenas na sua forma (卍 - virada para a esquerda).
Esta forma da suástica é comum, também, nas caixas de comida chinesa, indicando que a comida é vegetariana, e pode ser comida por budistas de princípios mais rígidos. Também é bordado com freqüência nos colarinhos das blusas das crianças chinesas, para os proteger de maus espíritos.

Mapas do metrô de Taipei, onde a suástica-esquerda representa os templos, junto à cruz que indica igrejas cristãs
Em 1922 o movimento sincrético chinês "Daoyuan" fundou uma associação filantrópica denominada "Sociedade da Suástica Vermelha", copiando a ocidental Cruz Vermelha, que foi bastante atuante na China, durante as décadas de 1920 e 30.
A suástica, usada na arte e escultura budistas, é conhecida dentro da língua japonesa como "manji" (que, literalmente, pode ser traduzido como: caractere chinês para eternidade - 万字), e representa o Dharma, a harmonia universal, o equilíbrio dos opostos. O símbolo virado à esquerda representa amor e piedade; voltado para a direita é força e inteligência.

Jainismo
O Jainismo dá mais ênfase à suástica que o Hinduísmo. Representa o sétimo Jina (Santo), o Tirthankara Suparsva. É considerada uma das 24 marcas auspiciosas, emblema do sétimo arhat dos tempos atuais. Todos os templos do Jain, assim como seus livros santos, contêm a suástica. Suas cerimônias começam e terminam com o desenho da suástica feito várias vezes em volta do altar.
Os adeptos também usam o arroz para desenhar a suástica (também conhecida por "Sathiyo" no estado indiano de Gujarat) diante dos ídolos nos templos. Os Jains colocam uma oferenda sobre esta suástica - geralmente uma fruta, um doce (mithai), uma fruta em passa ou ainda uma moeda ou cédula de dinheiro.

Zoroastrismo
Em Surakhany (a 15 km. de Baku, no Azerbaijão) existe um Ateshgah ou "Templo do Fogo", supostamente construído por volta do século VI a.C. por adoradores de Zoroastro, sobre uma fonte de gás natural (atualmente exaurida), onde ficava uma "chama eterna", que ardia noite e dia. Este templo foi também um santuário para os Parsis (adeptos de Zoroastro na Índia) e para os peregrinos hindus e sikhs. O pavilhão, quadrangular, possui inscrições em sânscrito e gravações com uma suástica.

Religiões abrâmicas
A suástica não era usada pelos adeptos das religiões Abrâmicas. Onde aparece não tem nenhum simbolismo religioso e sim meramente decorativo - eventualmente podendo ser um sinal de boa sorte. Um claro exemplo é o chão da sinagoga de Ein Gedi, construída durante a ocupação da Judéia pelo Império Romano, que era ornado com a suástica.
Algumas igrejas cristãs no período românico e gótico estavam enfeitadas com suásticas, sobretudo as do início do período românico. Suásticas são o principal motivo de um mosaico na igreja de Santa Sofia, em Kiev (Ucrânia), erguida no século XII. Também aparece como ornamento na Basílica de Santo Ambrósio em Milão. Deste período é a Catedral de Nossa Senhora, em Amiens - acima citada - que foi erguida sobre um local de práticas pagãs, algo que, entretanto, nenhuma relação possui com o símbolo.
A mesquita islã "Sexta-feira" de Isfahan (Irã), e a Mesquita de Taynal em Trípoli (Líbano) possuem ambas motivos com a suástica.

Outras tradições asiáticas
Algumas fontes indicam que a imperatriz chinesa Wu (武則天) da dinastia Tang (684-704), decretou que a suástica seria usada como um símbolo alternativo para representar o sol. Como parte da lista de caracteres do idioma chinês (mandarim), a suástica 卍 tem seu código (Unicode) U+534D (e a pronúncia segue o caractere 萬 chinês, no cantonês, man; no mandarim, wan) para a suástica voltada para a esquerda, e U+5350 卐 para a suástica virada à direita.
O mandarim Wan é um homófono para o número 10 mil, que é usado para representar o todo da criação, no Tao Te Ching, o livro basilar do taoísmo.
No Japão, a suástica é chamada manji. Desde a Idade Média é usado como um Mon - ou "brasão de armas" de algumas famílias. Na simbologia japonesa a suástica virada à esquerda e horizontal ou manji é usada para indicar o local de um templo budista. A suástica à direita é chamada de gyaku manji (逆卍 - literalmente, manji invertido), e também é chamada de kagi jūji, significando, literalmente, "cruz em gancho".

Tapeceria dos Navajos, com suásticas nas duas direções
A suástica esquerda budista também aparece no emblema do Falun Gong. Isto acabou gerando problemas para os seguidores da seita, particularmente na Alemanha, onde a polícia chegou a confiscar várias bandeiras que traziam o emblema. Uma decisão judicial posterior permitiu aos seguidores alemães do Falun Gong continuarem com o uso do símbolo.

Tradições dos nativos americanos
O formato da suástica foi usado por alguns dos povos americanos. Foi encontrado em escavações junto ao rio Mississipi, como no vale do rio Ohio, e era usada por muitas tribos norte-americanas, com destaque pelos Navajos. Em cada tribo a suástica possuía uma significação distinta. Para o povo Hopi representava os clãs nômades; para os Navajos, era o símbolo usado para representar um tronco girando - imagem sagrada que evocava uma lenda usada nos rituais curativos.


A forma da suástica é um símbolo bastante antigo na cultura Kuna, de Kuna Yala, no Panamá. Para eles a imagem lembra o polvo que criou o mundo: seus tentáculos, voltados para os quatro pontos cardeais, deram origem ao arco-íris, ao sol, à lua e às estrelas.
Em fevereiro de 1925 os Kuna se revoltaram contra a supressão de sua cultura, pelo governo panamenho, e em 1930 conquistaram autonomia. A bandeira oficial do estado exibe a suástica, com formas e cores que variaram ao longo dos tempos: as faixas antes da cor laranja eram vermelhas, e em 1942 um círculo (representando o tradicional anel de nariz dos Kunas) foi acrescentado para diferenciá-la ainda mais do símbolo do partido nazista.

A Europa pré-cristã

A suástica, também chamada de "cruz fylfot", um símbolo usado em moedas do século XIX como referência a uma cunha usada como calço nas janelas das igrejas medievais, aparece como ornamento em muitos artefatos pré-cristãos, tanto com as pontas viradas para a esquerda como para a direita. Motivos similares, dentro de círculos ou formas arredondadas, foram também interpretados como formas da suástica.
Na Grécia Antiga a deusa Atena era por vezes retratada num roupão ornado por suásticas.
Uma inscrição no alfabeto ogâmico numa pedra foi encontrada em Condado de Kerry, na localidade de Anglish, que fora modificada para uso num túmulo de um cristão primitivo - e estava ornada com duas suásticas e uma Cruz Pátea. Em restos de cerimônia fúnebre pré-cristã, em Sutton Hoo, Inglaterra, foram achadas xícaras de ouro e adornos com a suástica.

A antiga cruz do sol escandinava.
O símbolo nórdico denominado cruz do Sol ou roda do Sol, forma habitualmente interpretada como uma variante da suástica, aparece freqüentemente na arte antiga deste povo europeu. Também foram encontradas formas semelhantes em artefatos alemães antigos (período nômade), como uma ponta de lança encontrada em Brest-Litovsk, Rússia, ou a pedra de Snoldelev, em Ramsø, Dinamarca.
As religiões neo-pagãs Asatru e Heathenry germânicas a forma da suástica é freqüentemente usada como símbolo religioso. Seus adeptos argumentam que o uso não possui qualquer implicação política que o símbolo ganhou com a ideologia nazista, lembrando as origens pré-cristãs do símbolo.
A suástica estava também presente na mitologia eslava pré-cristã. Era dedicada ao deus do Sol, chamado Svarog, e tinha o nome de Kolovrat (em polonês: kolowrót). Na República Polonesa o símbolo da suástica era popular entre os nobres. As crônicas registram que o príncipe Oleg, varangiano (um dos povos escandinavos), que no século IX junto aos seus guerreiros vikings russos conquistaram Constantinopla, havia inscrito uma suástica vermelha nos portões daquela cidade. Várias das casas nobres da Polônia, como por exemplo Boreyko, Borzym, e Radziechowski da Rutênia ostentavam suásticas em seus brasões. As famílias alcançaram a nobreza entre os séculos XIV e XV, e a cruz suástica pode ser vista em muitos livros de heráldica então produzidos.
O Museu do Vaticano contém várias amostas de cerâmica etrusca com a suástica representada.



Nazismo

Bandeira da Alemanha Nazista e do NSDAPProporção: 3:5Dimensões: 60 x 100Diâmetro do círculo: 45Suástica: 6
O Partido Nazista ( Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei ou NSDAP ) formalmente adotou a suástica ou 'Hakenkreuz ' (cruz curva, numa versão literal) em 1920.
O símbolo era usado na bandeira do partido, distintivos e braçadeiras - embora tenha sido não oficialmente usado pelo NSDAP e seu antecessor: o Partido dos Trabalhadores da Alemanha (Deutsche Arbeiteerpartei - DAP)
Em Mein Kampf, Adolf Hitler escreveu:
Eu, enquanto isso, depois de tentativas inumeráveis, tinha colocado uma forma final; uma bandeira com um fundo vermelho, um disco branco, e uma suástica preta no meio. Depois de tentativas longas eu achei também uma proporção definida entre o tamanho da bandeira e o tamanho do disco branco, como também a forma e espessura da suástica.
Obs: Vermelho, branco, e preto - usadas por Hitler - já eram as cores da bandeira do velho Império alemão.

Suástica e pureza racial

Soldados americanos recolhem uma bandeira nazista, durante a Segunda Guerra Mundial.
O uso da suástica era associado pelos teóricos nazistas à sua hipótese da descendência cultural ariana dos alemães. Seguindo a teoria da invasão ariana da Índia, reivindicavam os nazis que os primeiros arianos naquele país introduziram o símbolo, que foi incorporado nas tradições védicas, sendo a suástica o símbolo protótipo dos invasores brancos. Também acreditavam que o sistema de castas hindu tinha sido um meio criado para se evitar a mistura racial.
O conceito de pureza racial, adotado como central na ideologia Nazista, não utilizou nenhum dos métodos modernamente aceitos como científicos. Para Alfred Rosenberg, que procurou emprestar cientificidade às idéias de Hitler, os arianos hindus eram, a um mesmo tempo, modelo a ser copiado e uma advertência para dos perigos da "confusão" espiritual e racial que, dizia, ocorrera pela proximidade das raças distintas.
Com isto, viram-se os nazistas justificados em cooptar a suástica como um símbolo da raça ariana. O uso da suástica seria um símbolo ariano, tempos antes dos escritos de Émile-Louis Burnouf. Assim como muitos outros escritores nazis, o poeta nacionalista Guido von Listam fez acreditar que este era um símbolo exclusivamente ariano.
Quando Hitler criou a bandeira para o Partido, procurou incorporar a suástica e ainda "essas cores veneráveis que expressam nossa homenagem ao passado glorioso que tantas honras trouxe à nação alemã" (que eram o vermelho, preto e branco).
Também declarou Hitler que "o vermelho expressa o pensamento social que está sob o movimento. Branco, o pensamento nacionalista. E a suástica significa a missão a nós reservada: a luta pela vitória da raça humana ariana, e ao mesmo tempo o triunfo do ideal de trabalho criativo em si inerente, que será sempre anti-semítico." ( Mein Kampf ).

Nacionalismo - a suástica na bandeira alemã

Suástica da Sociedade Thule
Na realidade, a suástica já tinha seu uso como símbolo dos völkisch - movimentos nacionalistas alemães. Na obra "Deutschland Erwache" (ISBN 0912138696) Ulric da Inglaterra (sic), assim afirma:
—"o que inspirou Hitler para usar a suástica como símbolo da NSDAP já era usado pela Sociedade Thule (em alemão: Thule-Gesellschaft) considerando-se que havia muitas ligações desta com o DAP (Partido dos Trabalhadores) (...) de 1919 até o verão de 1921 Hitler usou a biblioteca Nationalsozialistische especial do Dr. Friedrich Krohn, um sócio muito ativo da Thule-Gesellschaft (...) Dr. Krohn também era dentista de Sternberg, que foi nomeado por Hitler para desenhar uma bandeira semelhante aquela que Hitler projetara em 1920 (...) durante o verão de 1920 a primeira bandeira do partido foi apresentada no Lago Tegernsee (...) sua fabricação foi caseira (...) não foram preservadas as primeiras bandeiras, e a bandeira do Ortsgruppe München foi então considerada como a primeira bandeira do Partido."
José Manuel Erbez diz:
"A primeira vez que a suástica foi usada com um significado "ariano" foi em 25 de dezembro de 1907, quando os auto-denominados Ordem dos Novos Templários, uma sociedade secreta fundada por Adolf Joseph von de Lanz Liebenfels, içou no Castelo de Verfenstein (na Áustria), uma bandeira amarela com uma suástica e quatro flores-de-lis.
Mas o fato era que Liebenfels estava utilizando-se de um símbolo já usual.
Em 14 de março de 1933, logo após o compromisso de Hitler como Chanceler de Alemanha, a bandeira de NSDAP foi içada ao lado das cores nacionais de Alemanha. Foi adotado como a bandeira nacional exclusiva no dia 15 de setembro de 1935.
A suástica foi usada nos distintivos e bandeiras ao longo a Alemanha Nazista, especialmente pelo governo e pelo exército, mas teve seu uso por outras organizações "populares", como o Reichsbund Deutsche Jägerschaft.
As variantes do uso da suástica pelos Nazistas:
Suástica preta, com giro de 45º, sobre disco branco - símbolo do NSDAP e bandeiras nacionais;
Suástica preta, com giro de 45º, sobre um quadrado branco (exemplo, a Juventude Hitlerista)
Suástica preta, com giro de 45º, sobre fundo branco, pintada na cauda das aeronaves da Luftwaffe;
Suástica preta, com giro de 45º, sobre desenho de linhas brancas e pretas finas contornando um círculo branco (exemplo, a bandeira pessoal de Hitler, onde uma grinalda de ouro cerca o símbolo)
Suástica de braços externos curvos, formando um círculo interrompido, como a usada pela Divisão Nórdica das SS.

A suástica no Ocidente atual
O uso da suástica por Hitler e pelo Partido Nazista e, na atualidade, por neonazistas e outros grupos preconceituosos, para a maioria das pessoas do Ocidente a suástica é um símbolo associado às idéias e atos destes (O Nazismo e a supremacia branca). Por conseguinte, seu uso tornou-se um tabu em muitos países ocidentais.

Na Alemanha de pós-guerra, por exemplo, o Código Penal (Strafgesetzbuch) tornou criminosa a exibição da suástica e outros símbolos nazistas - com exceção dos fins educacionais e com fins de demonstrar oposição ao nazismo (por exemplo, uma suástica quebrada, cruzada, etc.). Este código não deixa claro, entretanto, se fica também proibida a construção de templos budistas ou jainistas no país (estes últimos sempre possuem uma suástica na sua fachada, e seu ritual implica na criação de sete suásticas com grãos de arroz em torno do altar, durante as orações).
Na Finlândia algumas unidades militares ainda usam a suástica. Em 1944 a Força Aérea mudou o seu emblema principal, mas continuou a utilizar a suástica noutro lugar. Em 1963 a "Grã Cruz" da Ordem da Rosa Branca mudou o seu emblema. Mais recentemente (25 de outubro de 2005) um emblema oficial com a suástica foi adotado pela Força Aérea.
Na Austrália, país que recebeu muitos refugiados durante a guerra, o símbolo é legalmente considerado "racista".
Em protestos contra a invasão do Iraque muitos ativistas usaram a suástica em associação a George W. Bush. O símbolo nazista também foi usado por alguns músicos para expressar sua discordância com a política do presidente norte-americano (algo que provocou certa controvérsia, no meio artístico).
Fundado nos anos 70 o Raëlismo — uma seita religiosa que acredita na possibilidade da imortalidade do corpo através do progresso científico — usa um símbolo que foi objeto de considerável controvérsia: a Estrela de David e a suástica entrelaçadas. Em 1991 o símbolo foi modificado, removendo-se a suástica, evitando-se assim a reprovação pública.
A "Society for Creative Anachronism" (Sociedade para o Anacronismo Criativo), que visa o estudo e diversão segundo a Idade Média e o Renascimento, impõem restrições para o uso da suástica em suas filiais - embora algumas delas mais modernas usem o símbolo.
Em 2002 a China exportou para o Canadá alguns brinquedos (como um panda gigante) em que a suástica aparecia, o que provocou muitas reclamações naquele país. Antes, em 1995 a cidade norte-americana de Glendale, na Califórnia, teve de cobrir mais de 900 postes de iluminação, marcados com a suástica - embora estes tenham sido fabricados por uma companhia norte-americana antes dos anos 20, e nada tivessem a ver com o nazismo.
Na Argentina, onde muitos nazistas se refugiaram, a suástica é largamente utilizada, com variações no desenho que a desfiguram ou mascaram, por instituições de extrema direita e nacionalistas, associados ainda a forte sentido anti-semita.

Na Índia, após a sua independência, a variação circular (semelhante à Cruz do Sol nórdica - que se vê na imagem ao lado) as cédulas eleitorais foram timbradas com este símbolo que, desde então, está associado aos pleitos eleitorais.

Brasil
No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas é crime, de acordo com a lei 7.716 de 1989 (com alterações da lei 9.459, de 1995), como dispôe o parágrafo primeiro do seu artigo 20:
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.
Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.