quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Cantinho do islam-Curiosidades sobre nomes

Curiosidade sobre nomes

Salams,
Este artigo estava no myciw.org, vejamos de que forma os nomes de algumas regiões do nosso país derivam do àrabe...
Shilb (Silves).
Baja (Beja)
Yabura (Évora)
al-Ushbuna (Lisboa). A área circundante de Lisboa era chamada Balata.
Shantarim (Santarém)
Kulimriyya (Coimbra)
Antaniya (Idanha)
al-'Aliya (Loule)
Maura (Moura)
Qastalla (Cacela)
al-Ma'din (Almada)
Abu Danis (Alcácer do Sal)
Saqris (Sagres)
Harun (Faro)
Shirba (Serpa)
Julumaniya (Juromenha)
Sintara (Sintra)
Kuriyya (Coria)
Tabira (Tavira)
Martula (Mértola)
Yalbash (Elvas)

Salams,

Rebirth´memories-Cutting Crew


Quem não se lembra desta música????????(Eu morria era nos braços de uma pessoa que eu cá sei!!!!!!)


Mitos e lendas-Pirata


Um pirata (do grego πειρατής, derivado de πειράω "tentar, assaltar", pelo latim e italiano pirata) é um marginal que, de forma autônoma ou organizado em grupos, cruza os mares só com o fito de promover saques e pilhagem a navios e a cidades para obter riquezas e poder. O estereótipo mais conhecido do pirata se refere aos piratas do Caribe e cuja época áurea ocorreu principalmente entre os séculos XVI e XVIII.
Atualmente o termo é utilizado para se referir à cópia não-autorizada e à distribuição ilegal de material sob direito autoral, especialmente música, imagem, vestuário e software (warez).


História da pirataria

Um pirata cavando à procura de um tesouro.
O primeiro a usar o termo pirata para descrever aqueles que pilhavam os navios e cidades costeiras foi Homero, na Grécia antiga, na sua Odisseia. Os piratas são aqueles que pilham no mar por conta própria, embora hoje em dia este termo já seja aplicado a qualquer pessoa que viola alguma coisa (como por exemplo os piratas do ar ou os piratas informáticos).
Eles navegavam nas rotas comerciais com o objetivo de apoderarem-se das riquezas alheias, que pertencessem a simples mercadores, navios do estado ou povoações e mesmo cidades costeiras, capturando tudo o que tivesse valor (desde metais e pedras preciosas a bens) e fazendo reféns, para extorquir resgates. Normalmente esses reféns eram as pessoas mais importantes e ricas para que, assim, o pedido de resgate pudesse ser mais elevado.
Primeiramente a pirataria marítima foi praticada por gregos que roubavam mercadores fenícios e assírios desde pelo menos 735 a.C. A pirataria continuou a causar problemas, atingindo proporções alarmantes no século I d.C., quando uma frota de mil navios pirata atacou e destruiu uma frota romana e pilhou aldeias no sul da Turquia.
Na Idade Média, a pirataria passou a ser praticada pelos normandos (que atuavam principalmente nas ilhas britânicas, França e império germânico, embora chegassem mesmo ao Mediterrâneo e ao mar Morto), pelos Muçulmanos (Mediterrâneo) e piratas locais.
Mais tarde esta difundiu-se pelas colônias europeias, nomeadamente nas Caraíbas, onde os piratas existiam em grande quantidade, procurando uma boa presa que levasse riquezas das colónias americanas para a Europa, atingindo a sua época áurea no século XVIII.

Desenho representando um pirata com tapa-olho, espada, perna de pau e um papagaio no ombro.
Do fim do século XVI até o século XVIII, o Mar do Caribe era um terreno de caça para piratas que atacavam primeiramente os navios espanhóis, mas posteriormente aqueles de todas as nações com colônias e postos avançados de comércio na área. Os grandes tesouros de ouro e prata que a Espanha começou a enviar do Novo Mundo para a Europa logo chamaram atenção destes piratas. Muito deles eram oficialmente sancionados por nações em guerra com a Espanha, mas diante de uma lenta comunicação e da falta de um patrulhamento internacional eficaz, a linha entre a pirataria oficial e a criminosa era indefinida.
As tripulações de piratas eram formadas por todos os tipos de pessoas, mas a maioria deles era de homens do mar que desejavam obter riquezas e liberdades reais. Muitos eram escravos fugitivos ou servos sem rumo. As tripulações eram normalmente muito democráticas. O capitão era eleito por ela e podia ser removido a qualquer momento.
Eles prefiriam navios pequenos e rápidos, que pudessem lutar ou fugir de acordo com a ocasião. Preferiam o método de ataque que consistia em embarcar e realizar o ataque corpo a corpo. Saqueavam navios de mercadores levemente armados, mas ocasionalmente atacavam uma cidade ou um navio de guerra, caso o risco valesse a pena. Normalmente, não tinham qualquer tipo de disciplina, bebiam muito e sempre terminavam mortos no mar ou enforcados, depois de uma carreira curta, mas transgressora.
No auge, os piratas controlavam cidades insulares que eram paraísos para recrutar tripulações, vender mercadorias capturadas, consertar navios e gastar o que saqueavam. Várias nações faziam vista grossa à pirataria, desde que seus próprios navios não fossem atacados. Quando a colonização do Caribe tornou-se mais efetiva e a região se tornou economicamente mais importante, os piratas gradualmente desapareceram, após terem sido caçados por navios de guerra e suas bases terem sido tomadas.
Desde aí a pirataria vem perdendo importância, embora em 1920 ainda tivesse a sua importância nos mares da China.
Atualmente, a pirataria revela-se mais incidente no sudeste asiático e ainda nas Caraíbas, sendo os locais de ataque espaços entre as ilhas, onde os piratas atacam de surpresa com lanchas muito rápidas.


Portugal corso


O corso português tornou-se comum no século XIV, altura em que D. Dinis contratou Manuel Pessanha, ficava com um quinto da riqueza dos barcos e com os navios e as armas destes. A partir de 1443 os corsos portugueses passaram o tributo, tal como pagavam a D. Dinis, de um quinto das pilhagens efectuadas ao Conde D. Henrique. Um dos principais objectivos dos portugueses era dominar o estreito de Gibraltar de modo a combater parte da pirataria e do corso sarraceno, assim como com o domínio deste espaço este se tornaria num importante entreposto comercial. O corso português destacou-se principalmente contra o reino de Granada, no sul de Espanha, enfraquecendo assim o domínio deste reino muçulmano na Europa.
Em 1446 reuniram-se as cortes em Lisboa, onde os mercadores algarvios, representados pelos armadores de Tavira queixaram-se das perseguições e pilhagens dos compatriotas armados lhes faziam a eles e aos aliados cristãos (castelhanos, galícios, aragoneses, entre outros), fazendo assim com que o Algarve perdesse a sua importância como ponto de cabotagem. Entre os corsos portugueses desta época destacaram-se Gonçalo Pacheco, Mafaldo, Lançarote etc.

Portugal no Oriente
Quando chegou a Calecute, Vasco da Gama atacou três embarcações e fez diversos reféns, provocando assim a autoridade de Calecute. Calecute respondeu e perseguiu os navios portugueses, contudo Vasco da Gama fez uma acção de represálias, e ao se cruzar com a primeira esquadra atacou-a. Antes de regressar, a frota portuguesa foi atacada por um importante corso e pirata, Timoji, que foi repelido de imediato, e mais tarde veio a prestar grandes serviços aos portugueses. Para além destes violentos acontecimentos, os navegadores portugueses praticariam outros violentos e cruéis actos de corso no Oriente.
Para oriente da costa do Coromandel, nomeadamente no Golfo de Bengala e no mar da China, onde o território marítimo era mais difícil de controlar, existiram vários piratas, que eram principalmente portugueses. Estes fora da lei eram foragidos, desertores e renegados. No Golfo de Bengala, em Dianga, existia uma comunidade corsária instalada em 1540, que era principalmente constituída por portugueses. Entretanto o governador de Goa começou-se a sentir ameaçado por esta comunidade, e então fez-lhes um ataque onde matou seiscentos e expulsou os restantes, no entanto só veio a ser definitivamente exterminada em 1666. Além desta comunidade, ainda actuavam no extremo oriente corsos-mercadores portugueses, de onde se destacou António de Faria, mas também existiam salteadores nativos. Sabe-se que existiram muitos mais aventureiros do género na zona, no entanto não existiam narradores para testemunhar as histórias, sendo o principal narrador Fernão Mendes Pinto.

O corso francês e suas implicações
De início, os países ibéricos fizeram frente ao corso europeu porque tinham espiões espalhados pela Europa. Já no século XVI a França era coordenadora de actividades corsárias e piráticas, que eram o reflexo da tentativa de estabelecer um comércio ultramarino, na altura em que a França se tentava instalar no Novo Mundo. Quando a França começou a explorar os oceanos já tinha praticamente de um século de atraso em relação aos países ibéricos, este atraso ficou-se a dever à infracção da ordem jurídico-política da época, nomeadamente do Mare Clausum, uma bula em que a exploração do oceano atlântico estava restringida aos estados ibéricos.
Em 1503 um navio francês de grande tonelagem, o Espoir partiu com o objectivo de chegar à Índia pelo oceano, ajudado pelos portugueses Sebastião Moura e Diogo Coutinho, bons conhecedores das rotas atlânticas e índicas. Contudo, apanhado por uma tempestade, o navio ficou impossibilitado de avançar e os aventureiros foram ter à costa brasileira, de onde levaram várias mercadorias exóticas. Teve sorte em não encontrar qualquer barco português, mas ao chegar, foi atacado por piratas, que lhe roubaram a mercadoria e fundearam o navio, e além deste infortúnio ainda foram punidos por violarem o Mare Nostrum.
Vinte anos mais tarde foi Verrazano a tentar, que falhou na primeira tentativa, e na segunda chegou à América do Norte, contudo, apesar de tanto fracasso o piloto genovês acabou por conseguir atrair capitais de áreas geográficas distintas mais uma vez, tal como das duas anteriores. Desta vez dois dos quatro barcos regressaram após uma tempestade, um naufragou e o outro continuou até Samatra e no regresso naufragou. Os dois que regressaram fizeram escala no Brasil de onde levaram mercadorias. Após a motivação pelos lucros de Vezarrano, muitos outros armadores franceses aventuraram-se para chegar às terras asiáticas, e outros para o Brasil. Em 1528 chega finalmente um navio francês ao porto de Diu, onde é capturado, causando grande consternação no governador de Samatra.
Na segunda metade do século XVI, os huguenotes, agora aliados com os cristãos franceses, lançaram sucessivos ataques à navegação ibérica, e devido ao motivo destes serem protestantes, cada vez que se encontravam com embarcações católicas tornavam-se em assassinos sanguinários. Estes actos de violência são visíveis no episódio em que estes se encontraram com a nau Santiago, em que assassinaram brutalmente a sua tripulação de missionários jesuítas, e a situação repetiu-se, mais vezes. Após estes ataques, os reis católicos tomaram medidas para combater estes piratas e corsos, reforçando a guarda da costa portuguesa e brasileira. Alguns dos corsos franceses capturados da costa brasileira, eram entregues aos indígenas, que por sua vez os comiam (antropofagia).

O saque do Funchal
No dia 3 de Outubro de 1566, uma expedição de Jean Monluc desembarcou perto do Funchal oitocentos a novecentos arcabuzeiros. Como a cidade não estava bem defendida devido à falta de armas e soldados, a ocupação desta foi fácil, tanto mais que dos pilotos era português e conhecia bem o terreno, que mais tarde foi enforcado em Lisboa por traição. Apesar da fraca defesa, Monluc foi ferido e morreu ao fim de três dias. Após dezesseis dias de permanência os piratas abandonaram o Funchal após vários actos de vandalismo, entre os quais contam-se duzentos moradores mortos, as moradias destruídas e pilhadas, destruíram os engenhos e plantações de açúcar e atearam incêndios e cometeram sacrilégios nas igrejas. Os reforços de Lisboa só chegaram ao fim de dezoito dias, já os piratas haviam partido. Os oito navios da frota francesa mais os dois que se encontravam presos no porto do Funchal partiram carregados de móveis, panos, jóias e trezentos escravos rumo às Canárias, onde se livraram da mercadoria roubada. O verdadeiro objectivo desta expedição nunca chegou a ser bem esclarecido.

Os ataques franceses no Antigo Regime
Por um período de cinco anos, desde 1706 os armadores maluínos tomaram como primeiro alvo os comboios do ouro do Brasil, mas agora, em vez dos habituais navio de tonelagem baixa (de 20 a 120 toneladas), ou do corso médio (fragatas de cento e cinquenta a trezentas toneladas) que actuavam isoladamente nas águas do canal da mancha ou da costa da Irlanda, passou-se a um novo tipo de corso, o grande corso. O grande corso requeria esquadras com um mínimo de quatro a cinco navios, com capacidade para combater a escolta das dos comboios. Ao primeiro ataque do género foi em 1706, contra a frota portuguesa de 150 naus e seis vasos de guerra fortemente artilhados, segundo J. S. da Silva e era a mais imponente e rica que entrara em Lisboa, quando vinte naus e um dos vasos de guerra se separaram dos restantes. Os corsos não se conseguiram apoderar na primeira tentativa, onde a aproximação foi feita com um pavilhão da Inglaterra (potencial aliada de Portugal), mas seguiram uma nau que ficara destruída na retaguarda e ficou para trás, mas quando René Duguay-Trouin a ia para tomar esta afundou-se com todo o tesouro. Mais tarde, Trouin foi chamado a Versalhes por Luís XIV, onde lhe foi concedida uma frota de dez navios com quatrocentos e sessenta canhões, mas desta vez o ataque foi planeado para os Açores. Mas como após três meses o comboio tardava a aparecer e a água escasseava, Trouin decidiu atacar os navios que iriam fazer a escolta das ilhas até Lisboa. Decidiram atacar a ilha de S. Jorge, depois de desembarcados os setecentos homens e pilhados os armazéns de vinho e trigo, abateu-se uma grande tempestade sobre o arquipélago e estes foram obrigado a regressar, revelando-se assim esta expedição onde se gastara trezentas mil a quatrocentas mil libras um verdadeiro fracasso. Não contente com o fracasso da expedição, atacou alguns navios ingleses e a frota da Virgínia.
Ver artigo principal: Invasões francesas do Brasil

O corso holandês e suas implicações
Ver artigo principal: Invasões holandesas do Brasil
Os holandeses fizeram várias incursões para conquistar o Brasil, mas aqui só iremos tratar dos ataques feitos por corsos holandeses. Dado que os holandeses não conseguiram nenhuma autorização para praticarem o comércio no território brasileiro, tiveram de optar pela invasão do território, nomeadamente através do corso, tentando conquistar este. Mesmo durante as Tréguas dos Doze Anos os ataques corsos às embarcações portuguesas não cessou, assim como as acções piráticas. Em 1616 os holandeses apoderaram-se de vinte e oito navios à carreira do Brasil, e nos anos após o termo da paz, como é óbvio estes números ainda aumentaram mais, como por exemplo que 1623 em que chegou aos oitenta e quatro. Apesar de todos estes ataques, os holandeses não ficaram satisfeitos, e a Companhia das Índias Ocidentais em colaboração com os Estados Gerais resolveram implantar uma colónia no Brasil, o que vieram a conseguir mais tarde com a conquista da Baía. Em 1644, após a restauração, Portugal deu início à recuperação de parte do seu território no Brasil. Após a recuperação do Brasil, D. João IV deu início às carreiras em comboio, tal como a Espanha fizera no caso da América Central com a Carreira das Índias Ocidentais. Navegar em comboio consistia em sempre que as embarcações, utilizando o exemplo português, partiam do Brasil eram escoltadas por navios de guerra até Portugal, combatendo assim a acção do corso. Para terminar com o corso holandês, Portugal invadiu a Baía, conquistando-a, e mais tarde Olinda, no Recife, e mais tarde com a reconquista de Angola e S. Tomé. Em 1649 foi fundada a Companhia Geral do Comércio do Brasil, que proporcionou condições para melhorar o tráfico marítimo entre Portugal e o Brasil. Uma das inovações da companhia era a existência de dói comboios por ano escoltados por dezoito navios de guerra, cada um com vinte a tinta pesos e para melhorar a defesa em caso de ataque os navios não deviam transportar carga em excesso, sendo assim suspensa a interdição de navegação para o Brasil de navios com menos de dezasseis pesos. Também apareceu o interesse de diminuir o risco de o comboio se encontrar com o inimigo tanto quanto possível, assim, sempre que a viagem fosse antes de 20 de Agosto era feita pelo norte dos Açores até ao paralelo de 42N e depois rumar ao Porto ou a Viana do Castelo, e caso fosse posteriormente deveria passar entre as ilhas da Madeira e Santa Maria em direcção a Setúbal. Foram feitas coordenações para os navios comunicarem entre si através de sinais sonoros e visuais. A capitania deveria ser a primeira do comboio e a almiranta a última. É feito o controlo do uso do fogo a bordo, para reduzir o risco de incêndio. Graças a todas estas complexas medidas, a perda de navios vindos do Brasil diminuiu bastante, o que em parte também se deveu à desagregação e perda de territórios por parte da Holanda no ocidente e o conflito entre a Holanda e a Inglaterra.

Ataque ao 5º Conde da Ericeira
Teve como principal vítima D: Luís de Meneses, 5º Conde da Ericeira e ex-vice-rei da Índia. Viajava de regresso a Portugal quando após um furacão acostou em Saint-Denis para recuperar os estragos, com uma carga de uma rica colecção de manuscritos orientais, livros, moedas e armas, bem como uma grande quantidade de diamantes do rei, estimado entre três a quatro milhões de libras. Enquanto estava no porto, foi atacado por dois navios piratas, que com pavilhões ingleses, lá entraram e quando se encontravam a par do navio do Conde trocaram por um pavilhão pirata e abriram fogo. Fizeram-no refém, o que o fez ter de pagar um resgate de duas mil pilastras.
Foi de La Buse que nasceu o mito da caça ao tesouro, que antes de ser condenado La Buse deixou um criptograma na altura da sua morte na forca com a indicação do local onde teria enterrado o tesouro outrora roubado da nau Nossa Senhora do Cabo, do Conde da Ericeira. Em 1934 um historiador francês (Charles de la Roncière) admitiu que o tão cobiçado tesouro se poderia encontrar no arquipélago das Seychelles, onde foi encontrado um dos pontos de referência: gravuras rupestres.A3

Uma parte do butim
Cada tripulante do navio recebia uma só parte do butim, com exceção ao capitão, que recebia uma parte e meia.

Lista de piratas
Anne Bonny (pirata)
Bartholomew Roberts (pirata)
Grace O'Malley (pirata)
Edward Teach – o "Barba Negra" (pirata)
Sir Francis Drake (corsário)
Henry Morgan (corsário e bucaneiro)
John Rackham (pirata)
L'Olonnais (bucaneiro)
Martin Tromp (corsário)
Mary Read (pirata)
Roc Brasileiro (bucaneiro)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Testes de personalidade


Video da semana-Xandria


Rebirth memories-Pepe legal





Cantinho do Islam-Al-Aqsa masjid


A Mesquita de Al-Aqsa situa-se na cidade de Jerusalém, mais concretamente na área da Cidade Antiga, na parte sul do Haram al-Sharif (o "Nobre Santuário"), terceiro local sagrado para o islão, depois de Meca e Medina (o judaísmo designa este espaço por Har ha-Bayit, Monte do Templo). É a maior mesquita de Jerusalém, tendo capacidade para receber cerca de cinco mil pessoas.


Nome
O nome Mesquita de Al-Aqsa traduz-se como "a mesquita distante" e alude a uma passagem do Alcorão na qual se descreve uma viagem nocturna do profeta Muhammad (Maomé) desde Meca à "mesquita distante" (al-masjid al-aqsa). Esta viagem é conhecida como Isra e embora não seja mencionada no Alcorão o nome de Jerusalém, as tradições islâmicas posteriores identificaram o local como o Monte do Templo em Jerusalém. De acordo a visão islâmica, a partir deste ponto Muhammad ascendeu ao céu (a Miraj) onde, dialogou com profetas como Moisés antes de se encontrar com Deus.

Estrutura
A estrutura actual da mesquita é no essencial do século XI. A planta corresponde a de uma basílica com uma nave central ladeada por seis naves laterais. Não possui o habitual pátio das mesquitas, onde se realizam as abluções. A cúpula do edíficio está folheada a prata.

História

Mesquita de Al-Aqsa. Fotografia realizada entre 1890 e 1900
A mesquita foi mandada construir pelo califa omíada Abd al-Malik ibn Marwan (quem também ordenou a construção da Cúpula da Rocha), no final do século VII. Sobre o local onde foi construída já existia uma pequena mesquita do tempo do califa Omar. Em 705, no tempo do califa al-Walid, a mesquita já se encontra pronta.
Em 748 um sismo destruiria a mesquita, que foi reconstruída pelos califas abássidas, al-Mansur e al-Mahdi. Um novo abalo de terra em 1033 danificou de novo a estrutura, que foi reconstruída dois anos depois pelo califa fatímida al-Zahir.
Durante o período do reino de Jerusalém, a estrutura serviu como palácio real e mais tarde como quartel general dos Cavaleiros Templários. Quando Saladino conquistou Jerusalém o espaço retornou às suas funções de mesquita. Saladino ofereceu à mesquita um mihrab (nicho das orações) ricamente decorado, assim como um minbar (púlpito) de madeira de cedro.
Entre 1938 e 1942 a mesquita foi alvo dos últimos grandes trabalhos de restauração. O italiano Benito Mussolini ofereceu colunas de mármore de Carrara. Em 1969 o turista cristão australiano Michael Dennis Rohan lançou fogo à mesquita, provocando grandes danos, como a destruição do minbar doado por Saladino .
Esta mesquita, bem como a Cúpula da Rocha, tornou-se um dos símbolos do movimento nacionalista palestiniano. Quando o estado de Israel conquistou Jerusalém Oriental em 1967, procedendo à reunificação da cidade, a administração da mesquita continuou nas mãos dos muçulmanos.
Ver também um site

Mitos e lendas-Godos


Os godos (Gótico: Gutans) eram um dos povos germânicos que, de acordo com suas tradições, era originário das regiões meridionais da Escandinávia (especificamente de Gotland e Götaland). Eles migraram em direção ao sul e conquistaram partes do Império Romano na Ibéria e na Itália.Duas tribos muito próximas, os Gutar e os Götar, permaneceram na Escandinávia e também são freqüentemente chamados de godos, são tratados separadamente, como gotlanders e geats respectivamente. Segundo sua própria lenda, relatada pelo historiador godo Jordanes em meados do século VI, os godos, sob o comando do rei Berig, chegaram em três barcos ao sul do mar Báltico, onde se instalaram após derrotar os vândalos e outros povos germânicos. O historiador romano Tácito registra que, nessa época, os godos se distinguiam por usarem escudos redondos e espadas curtas e obedecerem fielmente a seus reis.
O povo godo abandonou a região do rio Vístula, que corresponde à atual Polónia, durante o reinado de Filimer, na segunda metade do século II, e chegou ao mar Negro após muitas aventuras. Foi possivelmente a pressão dos godos que obrigou outros povos germânicos a exercerem, por sua vez, uma forte pressão na fronteira do Danúbio com o império romano, na época do imperador Marco Aurélio. Durante o século III, foram muitas as incursões godas nas províncias romanas da Anatólia e da península balcânica: eles saquearam as costas asiáticas, destruíram o templo de Éfeso, chegaram a penetrar em Atenas e avançaram sobre Rodes e Creta. Durante o regime de Aureliano (270-275), obrigaram os romanos a se retirar da província da Dácia, no outro lado do Danúbio. Os godos que viviam entre os rios Danúbio e Dniester receberam o nome de visigodos ("godos do oeste"[carece de fontes?]). Os do outro ramo, que no século IV se haviam estabelecido na área que viria a ser a Ucrânia, foram denominados ostrogodos, nome que, segundo parece, significa "godos do leste" (em alemão diz-se Westgoten e Ostgoten, o que significa precisamente Godos do Oeste e Godos de Leste, respectivamente)[carece de fontes?].
Beowulf, o herói do poema épico homônimo, era um Godo.

História
A única fonte da história inicial dos godos é a Getica de Jordanes (publicada em 551), um resumo da história dos godos em doze volumes perdida, que foi escrita por Cassiodoro por volta de 530. Jordanes nem mesmo deve ter tido o trabalho nas mãos para consulta, e esta fonte primária deveria ser considerada com cuidado. Cassiodoro estava no lugar certo para escrever sobre os godos, por ser ele um dos principais ministros de Teodorico o Grande, que certamente havia ouvido algumas das canções góticas que falavam de suas origens tradicionais.
Vários historiadores, inclusive Peter Heather e Michael Kulikowski, argumentam que a Getica de Jordanes apresenta uma genealogia fictícia de Teodorico e uma história fictícia dos godos por propósitos de propaganda, e lançam dúvida sobre a origem escandinava, sobre as supostas dinastias reais e sobre o suposto reino de Ermanerico no século IV.
Outras fontes principais para a seqüência da história gótica incluiem a "Historiae" de Amiano Marcelino, que menciona o envolvimento gótico na guerra civil entre os imperadores Procópio e Valente em 365 e relata a crise dos refugiados e a guerra gótica de 377-382 e o "de bello gothico" de Procópio de Cesareia, que descreve a guerra gótica de 535-552.
De acordo com Jordanes, os godos são originários da Escandinávia (Scandza). Seu local de origem mais específico foi provavelmente Gotland ou possivelmente Götaland na atual Suécia. Eles teriam se separado das tribos próximas, os gutar (gotlanders) e talvez dos götar (geats, citados como gautigodos e ostrogodos por Jordanes), que são à vezes incluídos no termo godos por volta do século I (mas a Gutasaga deixa aberta a possibilidade do contato prolongado). Eles migraram para sudeste ao longo do Vístula durante o século II (a Gothiscandza de Jordanes; ver cultura Wielbark), estabelecendo-se na Cítia, que eles chamaram de Oium ("terras das águas") a partir do século II (ver cultura Chernyakhov). De acordo com contos lendários, a capital desse reino era Árheimar, no rio Dnieper.
Apesar da maioria dos guerreiros nômades demosntrassem ser sanguinários, os godos eram temerosos porque os cativos capturados nas batalhas eram sacrificados ao seu deus da guerra, Tyr, e as armas tomadas eram penduradas em árvores como oferendas. Seus reis e sacerdotes eram procedentes de uma aristocracia separada e seus reis míticos do passado eram honrados como deuses.
No século III, os godos se dividiram em dois grupos, os Tervingi ou visigodos ("godos ocidentais") e os Greuthungi ou Ostrogodos ("godos orientais"). Os visigodos iniciaram uma das primeiras grandes invasões "bárbaras" do Império Romano a partir de 263, saqueando Bizâncio em 267.Um ano depois, eles sofreram uma derrota devastadora na batalha de Naissus e foram expulsos para além do Danúbio em 271. Esse grupo então se fixou e estabeleceu um reino independente centralizado na província romana abandonada da Dácia.
Tanto os ostrogodos quanto os visigodos nitidamente se romanizaram durante o século IV pela influência do comércio com os bizantinos, e por sua participação em um pacto militar com Bizâncio para ajuda militar mútua. Eles se converteram ao arianismo durante esta época. A dominação huna do reino ostrogodo iniciou-se na década de 370, e sobre a pressão dos hunos, o rei visigodo Fritigern em 376 solicitou a Valente (então o imperador romano do oriente) que permitisse que ele se estabelecesse com seu povo na margem sul do Danúbio. Valente deu a permissão, e até mesmo ajudou os godos a cruzar o rio, provavelmente na fortaleza de Dorostorum, mas devido à escassez eclodiu a guerra gótica de 377-382, e o imperador Valente foi morto na batalha de Adrianópolis.
Os visigodos sob Alarico I saquearam Roma em 410. O imperador Honório concedeu-lhes a Aquitânia, onde eles derrotaram os vândalos e em 475 já governavam a maior parte da península Ibérica.
Enquanto isso, os ostrogodos se libertaram do domínio huno após a batalha de Nedao em 454. A pedido do imperador Zenão I, Teodorico o Grande a partir de 488 conquistou toda a Itália. Os godos foram brevemente reunificados no começo do século VI sob Teodorico o Grande, que se tornou regente do reino visigótico após a morte de Alarico II na batalha de Vouillé, em 507. Procópio de Cesareia, escrevendo nesta época, interpretou o nome visigodos significando "godos ocidentais" e ostrogodos como "godos orientais", o que correspondia à distribuição de então dos reinos godos.
O reino ostrogodo persistiu até 553 sob Teia, quando a Itália caiu brevemente sob controle bizantino, até a conquista dos lombardos em 568. O reino visigodo durou mais, até 711 sob Rodrigo, quando capitulou à invasão omíada da Andaluzia.

Origens
Explicando as origens dos godos, Jordanes relata:
O mesmo mar poderoso alcança também na sua região ártica, que está no norte, uma grande ilha chamada Scandza, a partir de onde minha narração (pela graça de Deus) deve ser iniciada. Quanto à raça cuja origem vocês procuram saber, que avança como um enxame de abelhas a partir do centro dessa ilha e penetram nas terras da Europa. [...] Agora saindo dessa ilha de Scandza, a partir de uma colméia de raças ou de um útero de nações, os godos foram chamados a sair de sua terra há muito tempo atrás por seu rei, chamado Berig. Tão logo eles desembarcaram de seus navios e puseram os pés em terra, eles imediatamente deram seu nome ao lugar. E até hoje esse lugar é chamado Gothiscandza. Logo os godos se deslocaram dali até o local onde residiam os Ulmerugi, que então habitavam às margens do Oceano, onde montaram acampamento, entraram em batalha com eles e os expulsaram de seus lares.
No século I, Tácito localizou os Gothones ao sul do Mare Suebicum, o mar Báltico:
Para além dos Lugii residem os Gothones, sob o governo de um rei; e por isso mantém sujeição mais rígida que as outras nações germânicas (sic), mas não tão rígida para extinguir toda sua liberdade. Imediatamente a eles estão os rugios e os lemovianos na costa do oceano, e o que caracteriza estas nações são um escudo redondo, uma espada curta e um governo real.
Plínio, o Velho os chamou de Gutones. De acordo com Plínio, eles eram um dos maoires povos germânicos, sendo um dos cinco. Ele também afirma que o explorador Píteas de Massilia (século IV) os encontrou em sua expedição a um "estuário" no norte, (o mar Báltico, pelas referências de Plínio ao âmbar encontrado nas praias). Uma data anterior ao século I é dessa forma confirmada. Estrabão[11] também menciona que Marbod, após passar um tempo agradavelmente com Augusto, passou a comandar quase todas as tribos da Germânia, inclusive dos Boutones. que é geralmente interpretado como uma grafia equivocada para Goutones, latinizado Gutones. Para os godos escandinavos, nós temos Ptolomeu, que menciona os Goutai vivendo no sul da ilha de Skandia.
Devido à figura central que os godos têm desempenhado na história, suas origens têm sido discutidas por muito tempo. Embora nenhuma teoria alternativa tenha sido proposta para o surgimento de tribos germânicas no que hoje é o norte da Polônia, alguns historiadores têm dúvidas de que os godos sejam originários da Escandinávia. Isto deve-se ao fato de que, não se levando em consideração Jordanes, as mais antigas evidências literárias não ambíguas sobre os godos (Tácito e Plínio, o Velho) os coloca no Vístula no século I. Alguns afirmam que não há evidências conclusivas para uma migração à época do nascimento de Cristo, e assim acreditam que a origem escandinava deveria ser tomada como uma inventio .
Por outro lado, o acadêmico alemão Wenskus aponta que se Jordanes quisesse ter inventado um passado fictício para os godos, ele teria afirmado que eles seriam descendentes de um local de mais prestígio como Tróia ou Roma. Ele não teria localizado suas origens no norte bárbaro. Além disso, ele estava escrevendo para godos que eram familiares às suas tradições. Além dos escritos de Jordanes, há evidências lingüísticas e arqueológicas que apóiam a origem escandinava.


Do século I ao IV
As evidências arqueológicas são procedentes das culturas Wielbark e Chernyakhov. As evidências literárias incluem a Paixão de Santa Saba assim como a tradução da Bíblia de Úlfilas. As evidências históricas incluem a Historiae de Amiano Marcelino e a História da Igreja de Filostórgio entre outras.


Arqueologia

A área verde representa a extensão tradicional de Götaland e a área em lilás é a ilha de Gotland. A área em vermelho representa a extensão da cultura Wielbark no começo do século III, e a área em laranja representa a cultura Chernyakhov, no começo do século IV. A região em púrpura representa o Império Romano
Na atual Polônia, a mais antiga cultura material identificada com os godos é a cultura Wielbark[14], que substituiu a cultura Oksywie local no século I. A substituição aconteceu quando um assentamento escandinavo foi estabelecido na zona de separação entre a cultura Oksywie e a provavelmente cultura Przeworsk vândala.
Todavia, durante o final da Idade do Bronze Nórdica e o começo da Idade do Ferro Pré-romana (c. 1300 a.C. - 300 a.C.), esta região sofreu influências do sul da Escandinávia. De fato, a influência escandinava na Pomerânia e no atual norte da Polônia a partir de 1300 a.C. foi a partir daí tão considerável que esta região é às vezes incluída na cultura da Idade do Bronze Nórdica[17].
Acredita-se que os godos tenham cruzado o mar Báltico em algum momento entre o fim da Idade do Bronze Nórdica (300 a.C.) e o ano 100 de nossa era. De acordo com perquisas antigas, na tradicional província sueca de Östergötland, evidências arqueológicas mostra que houve uma despovoação geral durante este período. No entento, isto não é confirmado nas publicações recentes[19]. Os assentamento na atual Polônia provavelmente correspondem à introdução de tradições funerárias escandinavas, tais como círculos de pedra e menires, que indicam que os primeiros godos preferiam sepultar seus mortos de acordo com as tradições escandinavas. O arqueólogo polonês Tomasz Skorupka afirma que a migração a partir da Escandinávia é uma questão confirmada:
Apesar das muitas hipóteses controversas quanto à localização da Scandia (por exemplo, na ilha de Gotland e nas províncias de Västergötland e Östergötland), o fato é que os godos chegaram ao que hoje é a Polônia vindos do norte cruzando o mar Báltico em barcos é certo.
No entanto, a cultura gótica também parece ter tido continuidade a partir das antigas culturas da região[21], o que sugere que os imigrantes se mesclaram com as populações nativas, talvez fornecendo sua aristocracia em separado. O acadêmico de Oxford, Heather, sugere que foi uma migração relativamente pequena a partir da Escandinávia. Este cenário tornaria a migração através do Báltico similar a muitos outros movimentos populacionais na história, tal como a [[Anglo-Saxõesinvasão anglo-saxã], onde os imigrantes impuseram suas próprias cultura e língua sobre as locais. A cultura Willenberg/Wielbark se deslocou para sudeste em direção à região do mar Negro a aprtir da metade do século II. Foi a parte mais antiga da cultura Wielbark, localizada a oeste do Vístula e que possuía tradições funerárias escandinavas, que iniciou o deslocamento. Na Ucrânia, eles se impuseram como governantes da cultura Zarubintsy local, provavelmente eslava, formando a nova cultura Chernyakhov (c. 200 - c. 400).
Há evidências históricas e arqueológicas de contatos contínuos entre os godos e as populações do sul da Escandinávia durante as migrações dos primeiros no século VI.

Padrão de assentamentos
Os assentamentos Chernyakhov ficavam nos campos abertos nos vales dos rios. As casas incluem residências subterrâneas, residências de superfície e barracas. O maior assentamento conhecido (Budesty) possuía 35 hectares. A maioria dos assentamentos era aberta e não fortificada. Algumas fortalezas são também conhecidas.

Práticas funerárias
Os cemitérios Chernyakhov incluem funerais de cremação e de inumação; entre os últimos, a cabeça está para o norte. Alguns túmulos foram deixados vazios. Objetos encontrados nas tumbas incluem cerâmica, pentes de osso e ferramentas de ferro, mas quase nunca qualquer arma[27].

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pensamento do dia


Não há motivo para ser pessimista… não vai funcionar mesmo

Mitos e lendas-Persephone


Na mitologia grega, Perséfone ou Coré corresponde à deusa romana Proserpina ou Cora. Era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a levando-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Deméter, junto com Hermes, foram buscá-la ao mundo dos mortos (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Coré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.
Perséfone é normalmente descrita como uma mulher de cabelos claros, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Foi por causa deste último que Perséfone se tornou rival de Afrodite, pois ambas disputavam o amor do jovem, mas também outro motivo era porque Afrodite tinha inveja de sua beleza. Embora Adônis fosse seu amante, o amor que Perséfone sentia por Hades era bem maior. Os dois tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com excepção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos.
Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objectos perdidos.
Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente.
Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha apenas um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido com Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho com Zeus: Sabásio, era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai.
A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades

Cantinho do Islam-O que é a Caaba?


Kaaba (também conhecido como Ka'bah, Kabah ou Caaba) é uma construção que é reverenciada pelos muçulmanos, na mesquita sagrada de Al Masjid Al-Haram em Meca, e é considerado pelos devotos do Islã como o lugar mais sagrado do mundo, localizada nas coordenadas 21°25'21,15"N e 39°49'34,1"E.
A Kaaba é uma construção cúbica de 15,24 m de altura e é cercada por muros de 10,67 m e 12,19 m de altura. Ela está permanentemente coberta por uma manta escura com bordados dourados que é regularmente substituida. Em seu interior encontra-se a Hajar el Aswad (também chamada de "Pedra Negra"), uma pedra escura de cerca de 50 cm de diâmetro que é uma das relíquias mais sagradas do Islã. Ela é provavelmente o resto de um meteorito.
A Kaaba é o centro das peregrinações (hajj), e é para onde o devoto muçulmano volta-se para as suas preces diárias (salat). É o lugar mais sagrado do Islã.
Quando o profeta Maomé repudiou todos os deuses pagãos e proclamou um Deus único, Aláh, ele poupou a Kaaba, e tornou-a de um centro de perigrinação pagã em um centro da nova fé. No período pagão, a Kaaba provavelmente simbolizava o sistema solar, abrigando 360 ídolos, sendo assim uma representação zodiacal. O edifício foi várias vezes restaurado, sendo que a atual construção é datada do século VII, substituindo a mais antiga que foi destruida no cerco de Meca em 683.
Segundo algumas lendas islâmicas, a Kaaba foi construida por Adão, o primeiro homem, para adorar ao Senhor Deus. Segundo o Alcorão, os fundamentos da Kaaba foram estabelecidos por Abraão, que recebeu a pedra negra do anjo Gabriel.
Hoje, a Kaaba representa a casa de Deus. Para o muçulmano, que a ela se volta em suas preces diárias, representa não só o centro do mundo, mas o centro do próprio universo.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Cantinho do Islam-Calendário islâmico(Hégira)


O CALENDÁRIO ISLÂMICO (HÉGIRA)

Por Waleed Muhanna

1. História e Motivação
O calendário islâmico, que se baseia no ciclo lunar, foi introduzido pela primeira vez no ano 638 d.C pelo companheiro próximo do Profeta e segundo califa, 'Umar ibn al-Khattab (592-644 d.C). Ele tomou essa decisão, numa tentativa de racionalizar os vários sistemas de datas usados naquela época. 'Umar consultou seus conselheiros sobre a data de início da nova cronologia muçulmana e finalmente foi acordado que o acontecimento de referência mais adequado para o calendário islâmico era a Hégira. Para a data do início verdadeiro do calendário foi escolhido (com base no ano lunar, contando-se para trás) o primeiro dia do primeiro mês (1° de Muharram) do ano da Hégira. O calendário islâmico (Hégira) (com datas que caem dentro da era muçulmana) é normalmente abreviado pela letra H., tirado das línguas ocidentais derivadas do latim, Anno Hegirae. Portanto, 1° Muharram, do ano 1, corresponde ao dia 16 de julho do ano de 622 da era cristã.
A Hégira, que narra a migração do Profeta Mohammad (saw) de Meca para Medina, em setembro de 622 d.C., é o acontecimento histórico central dos primórdios do Islam e que teve como consequência o estabelecimento da primeira cidade-estado muçulmana, um ponto decisivo na história mundial e islâmica. Para os muçulmanos o calendário com base na Hégira não é só um sistema afetivo de contagem de tempo e de datas de acontecimentos religiosos importantes (por exemplo, o jejum e a peregrinação a Meca). Tem uma importância histórica e religiosa muito mais profunda.
Mohammad Ilyes (Ilyes 84) menciona Nadvi, que escreveu:
"(O advento do século 15) é, na verdade, uma ocasião ímpar para se meditar que a Era Islâmica não teve início com base em vitórias das guerras islâmicas, nem com o nascimento ou a morte do Profeta (saw), ou com a própria Revelação. Ela começa com a Hégira, ou o sacrifício pela causa da Verdade e pela preservação da Revelação. Foi uma escolha inspirada divinamente. Deus quis ensinar ao homem que a luta entre a Verdade e o Mal é eterna. O ano islâmico lembra aos muçulmanos, anualmente, não as honrarias ou as glórias do Islam e sim o seu sacrifício, preparando-os para fazer o mesmo."
De um ponto de vista histórico, Ilyes cita Samiullah que escreve:
"Todos os eventos da história islâmica, principalmente aqueles que aconteceram durante a vida do Santo Profeta e posteriores, são mencionados com base no calendário da Hégira. Mas nossos cálculos no calendário gregoriano nos afasta daqueles acontecimentos que estavam repletos de lições educativas e instruções orientadoras.... E este estudo cronológico só é possível com a adoção do calendário com base na Hégira para indicar o ano e o mês lunar de acordo com nossas mais estimadas tradições."
2. Especificação e Método
O ano islâmico (Hégira) consiste de 12 meses (lunares). São eles:
(1) MuHarram
(2) Safar
(3) Raby` al-awal
(4) Raby` al-THaany
(5) Jumaada al-awal
(6) Jumaada al-THaany
(7) Rajab
(8) SHa`baan
(9) RamaDHaan
(10) SHawwal
(11) Thw al-Qi`dah
(12) Thw al-Hijjah
As datas mais importantes do ano islâmico (Hégira) são: 1° de Muharram (ano novo islâmico); 27 de Rajab (Isra e Miraj); 1° de Ramadhan (primeiro dia do jejum); 17 de Ramadhan (Nuzul al-Qur'an); os últimos dez dias do mês de Ramadhan, que inclui o Laylatu al-Qadar; 1° de Shawwal (Eid ul-Fitr); 8-10 deTw al-Hijjah (a peregrinação a Meca); e 10 de Tw al-Hijjah (Eid al-Adha).
É considerado um mandamento divino usar o calendário (Hégira) com os 12 meses lunares sem intercalação (Ilyes 84), conforme se depreende dos versículos alcorânicos a seguir:
"Perguntar-te-ão sobre os novilúnios. Dize-lhes: Servem para auxiliar o homem no cômputo do tempo e no conhecimento da época da peregrinação." (Alcorão 2:189)
"Para Deus, o número dos meses é de doze, como reza o Livro Divino, desde o dia em que Ele criou os céus e a terra. Quatro deles são sagrados; tal é o cômputo exato. Durante estes meses não vos condeneis, e combatei unanimemente os idólatras." (Alcorão 9:36)
"A transposição do mês sagrado é um excesso de incredulidade, com que são desviados,ainda mais,. os incrédulos; permitem-no num ano e o proíbem noutro, para fazerem concordar o número de meses feitos sagrados por Deus, de maneira a tornarem lícito o que Deus vedou. Suas más ações os iludiram. Sabei que Deus não guia os incrédulos." (Alcorão 9:37)
Considerando que o calendário islâmico é lunar, quando comparado com o ano solar ou luni-solar, ele é mais curto do que o ano gregoriano em cerca de 11 dias e os meses do ano islâmico não têm qualquer ligação com as estações, que estão relacionadas com o ciclo solar. Por isto, as festividades muçulmanas que sempre caem no mesmo mês do ano com base na Hégira podem ocorrer no verão ou no inverno. Somente após 33 anos do ciclo é que os meses lunares completam uma volta e caem na mesma estação.
Por razões religiosas, o início de um mês no calendário da Hégira não é marcado pelo começo de uma nova lunação e sim pela visão da lua crescente em um dado local. Do ponto de vista do Fiqhi, uma pessoa pode começar o jejum do Ramadan, por exemplo, baseado na visão "local" (ikhtilaf al-matale') ou na visão da lua em qualquer lugar do mundo muçulmano (ittehad al-matale'). Embora diferentes, tanto uma como outra são posições Fiqhi válidas .
Astronomicamente, alguns dados são definitivos e conclusivos (isto é, o tempo do nascimento de uma lua nova). No entanto, determinar a VISIBILIDADE do crescente não é definitivo ou conclusivo;depende de uma série de fatores, principalmente de natureza ótica. Daí a dificuldade em se confeccionar calendários islâmicos que sejam confiáveis (no sentido de que eles sejam consistentes com a visibilidade real do crescente).
Esforços para se obter um critério astronômico de se predizer o momento da primeira visibilidade lunar remontam ao período babilônico, com importantes melhorias e estudos feitos mais tarde por muçulmanos e outros cientistas. Estes esforços resultaram no desenvolvimento de vários critérios de se predizer a primeira visão possível de um crescente. No entanto, ainda permanece uma medida de incerteza. Além do mais, houve muito pouco trabalho no sentido de se estimar a visibilidade do crescente em escala global. Enquanto isto durar, não existe qualquer programa de calendário da Hégira que seja 100% confiável e a visão real do crescente permanece fundamental, principalmente para fixar datas importantes como o início do Ramadan e dos dois eids.
As ligeiras diferenças nos calendários islâmicos impressos no mundo, portanto podem apresentar dois aspectos: (1) a ausência de um critério global para a primeira visibilidade; e (2) o uso de diferentes critérios de visibilidade (ou método de cálculo). As condições metereológicas e as diferenças na localização do observador também explicam porque algumas vezes existem diferenças na observância das datas islâmicas no mundo.
Aqueles que quiserem informações adicionais sobre o assunto devem consultar o excelente livro de Mohammad Ilyas, "A Modern Guide to Astronomical Calculations of Islamic Calendar, Times & Qibla", Berita Publishing, 1984, (ISBN: 967-969-009-1). O livro contém uma discussão cuidadosa do sistema islâmico de calendário e fatos históricos e científicos relacionados. Também apresenta uma proposta válida para um Calendário Islâmico universal, baseado no critério de visibilidade global e no conceito de um Dia Lunar.

Mitos e lendas-as mouras encantadas

As Mouras encantadas são espíritos, seres fantásticos com poderes sobrenaturais, do folclore popular português,que frequentemente se relaciona com a cultura islamica erroneamente, visto que os seus relatos são anteriores a chegada destes a Penísula Ibérica;o mais exacto e de o nome mouros ser associado ao paganismo celta, sendo desse modo as mouras uma forma sobrevivente de contos Celtas. As mouras são também chamadas de moiras ou “encantadas”. Sobre elas Leite de Vasconcelos diz que “são seres obrigados por oculta força sobrenatural a viverem em certo estado de sítio como que entorpecidos ou adormecidos, enquanto determinada circunstancia lhes não quebrar o encanto” . Segundo antigos relatos populares, as mouras encantadas são as almas de donzelas que foram deixadas a guardar os tesouros que os mouros esconderam antes de partir.
As lendas descrevem as mouras encantadas como jovens donzelas de grande beleza ou encantadoras princesas e, segundo Alexandre Parafita, “perigosamente sedutoras” . As mouras aparecem frequentemente cantando e penteando os seus longos cabelos, louros como o ouro ou negros como a noite, com um pente de ouro e prometem tesouros a quem as libertar do encanto. Nas lendas, as mouras encantadas podem assumir diversas formas e existe um grande número de lendas, e de versões da mesma lenda, como resultado de séculos de tradição oral.
As mouras surgem como guardiãs dos locais de passagem para o interior da terra, os locais "limite", onde se acreditava que o sobrenatural podia manifestar-se. Aparecem junto de nascentes, fontes, pontes, rios, poços, cavernas, antigas construções, velhos castelos ou tesouros escondidos.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Cantinho do Islam-O papel da mulher no Islam


Como estamos em pleno mês do Ramadão, resolvi esclarecer alguns pontos de vista relativamente à cultura islâmica.Daí este espaço que permite clarificar a muçulmanos e não muçulmanos.


A Mulher Muçulmana


No meio das trevas que envolviam o mundo, a revelação divina ecoou no vasto deserto da Arábia com uma nova, nobre e universal mensagem para a humanidade:
“Ó humanos, temei a vosso Senhor que vos criou de um só ser, do qual criou sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres”.(4ª. Surata, versículo 1).
Ponderando sobre esse versículo, podemos dizer que não há um texto, antigo ou novo, que trate da afabilidade da mulher, em todos os aspectos, com tão espantosa brevidade, eloqüência, profundeza e originalidade como esse decreto divino.
Acentuando essa nobre e natural concepção, o Alcorão diz: “Ele (Deus) foi Quem vos criou de um só ser e, do mesmo, plasmou a sua companheira, para que convivesse com ela...” (7ª. Surata, versículo 189).
“Deus vos designou esposas de vossa espécie e delas vos concedeu filhos e netos e vos agraciou com todo o bem.”(16ª. Surata, versículo 72).


O ASPECTO ESPIRITUAL
O Alcorão fornece uma clara evidência de que a mulher está completamente igualada ao homem, na visão de Deus, quanto aos seus direitos e responsabilidades:
“Toda alma é depositária das suas ações.” (74ª. Surata, versículo 38).“A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, conceder-lhe-emos uma vida agradável e o premiaremos com uma recompensa superior ao que houver feito”. (16ª. Surata, versículo 97).
A mulher, de acordo com o Alcorão, não é responsável pelo pecado original de Adão. Ambos erraram com a sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram e foram perdoados. (Alcorão, 2ª. Surata, versículos 36-37). De fato, num versículo (2ª. Surata, versículo 121), Adão, especificamente, é o culpado.
Em termos de obrigações religiosas tais como as orações diárias, o jejum, o Zakah e a peregrinação, a mulher não se difere do homem. Em alguns casos, na verdade, a mulher tem certas vantagens sobre o homem. Por exemplo, a mulher fica isenta das orações diárias e do jejum durante o seu período menstrual e na sua dieta pós-parto. Fica também isenta de jejuar durante a sua gravidez e quando estiver amamentando, se houver qualquer ameaça à sua saúde ou à saúde do bebê. Se o jejum posposto é obrigatório (durante o mês de Ramadan), ela pode repor os dias pospostos quando puder fazê-los. Não terá de repor as orações perdidas pelas razões acima mencionadas. As mulheres costumavam ir às mesquitas durante os dias do Profeta; e daí em diante, a oração em congregação na sexta-feira passou a ser opcional para elas enquanto é obrigatória para os homens.
Certamente, este é um toque sensível dos ensinamentos islâmicos. pois considera o fato de que a mulher pode estar amamentando seu filho ou cuidando dele, e assim torna-se incapaz de ir à mesquita na hora das orações. Leva em consideração também as mudanças fisiológicas e psicológicas associadas às funções de sua natureza feminina.


O ASPECTO SOCIAL
a) Como Criança e Adolescente.
A despeito da aceitação social do infanticídio feminino entre algumas tribos árabes, o Alcorão proibiu esse costume e o considerou um crime como outro qualquer.
“Quando a filha, sepultada viva, for interrogada: Por que delito foi assassinada?” (81ª. Surata, 8-9). O Islam exige que a menina seja tratada com amabilidade e justiça. Dentre os ditos do Profeta Muhammad (Deus o abençoe e lhe dê paz) a esse respeito, citamos os seguintes:
"Aquele que tiver unta filha e não a enterra viva, não a insultar, e não preferir o filho homem a ela, Deus o introduzirá no Paraíso”. O direito da mulher de procurar o conhecimento não é diferente do direito dos homens. O Profeta Muhammad disse: “Procurar o conhecimento é obrigação de todo muçulmano e muçulmana.”


b) Como Esposa
O Alcorão indica claramente que o casamento é compartilhado pelas duas metades da sociedade; e seus objectivos, além de perpetuarem a espécie, são o bem-estar emocional e a harmonia espiritual. As suas bases são o amor e a compaixão. Entre os mais impressivos versículos do Alcorão a respeito do casamento, citamos:
“Entre Seus sinais estão de haver-vos criado companheiras de vossa mesma espécie para que com elas convivais; e vos vinculou pelo amor e pela piedade.” (30ª. Surata, versículo 21).
De acordo com a lei islâmica, a mulher não pode ser forçada a casar sem o seu consentimento.
Além de todas as outras provisões para a proteção da mulher no tempo de casada, foi especificamente decretado que ela tem todo o direito do desfrutar de seu dote, o que é dado a ela pelo marido, e está incluído no contrato nupcial. Tal propriedade não é transferível a seu pai ou marido.
O conceito do dote no Islam não representa nem preço real, nem simbólico da mulher, como era o caso com algumas culturas, mas é um presente, simbolizando amor e afeição. As regras para a vida matrimonial no Islam são claras e estão em harmonia com a honrada natureza humana. Em consideração à constituição fisiológica e psicológica do homem e da mulher, ambos têm direitos iguais e deveres mútuos, exceto em uma responsabilidade, a de liderança. É uma questão natural em qualquer vida coletiva, e é consistente com a natureza do homem.
O Alcorão diz:
“Elas têm direito sobre eles, como eles os têm sobre elas; embora os homens mantenham o predomínio.” (2ª. Surata, versículo 228).
Tal predomínio é representado pela manutenção e proteção. Isso se refere à diferença natural entre os dois sexos o que outorga proteção ao sexo feminino. Não implica, porém, em superioridade ou vantagem perante a lei. Assim, o desempenho da liderança do homem em relação a sua família não significa a predominância do marido sobre a esposa. O Islam dá ênfase à importância de pedir conselho e anuência mútuos nas decisões familiares.
Além dos direitos básicos da mulher como esposa, vem o direito acentuado pelo Alcorão, e intensamente recomendado pelo Profeta: tratamento amável e camaradagem. O Alcorão diz:
“Harmonizai-vos com elas; pois se as menos prezardes, podereis estar depreciando um ser que Deus dotou de muitas virtudes”.(4ª. Surata, versículo 19).
O Profeta Mohammad disse: “O melhor dentre vós é o melhor para a sua família, e eu sou o melhor dentre vós para a minha família”. Uma vez que o direito da mulher de decidir sobre o seu casamento é reconhecido, o seu direito de pedir o término de um casamento fracassado é também reconhecido. Para proporcionar estabilidade da família, contudo, e visando a sua proteção quanto a decisões precipitadas, sob tensão emocional temporária, certos passos e períodos de espera devem ser observados pelo homem e pela mulher que estão se divorciando.

c) Como Mãe


O Islam considera a amabilidade para com os pais próxima da adoração de Deus:
“O decreto de teu Senhor é que não adoreis senão a Ele; que sejais indulgentes com vossos pais.” (17ª. Surata, versículo 23). Além do mais, o Alcorão apresenta uma recomendação especial para o bom tratamento às mães:
“E recomendamos ao homem benevolência para com seus pais. Sua mãe o suporta entre dores e dores...” (31ª. Surata, versículo 14). Uma famosa tradição do Profeta, diz: “O Paraíso jaz aos pés das mães”.


d) Poligamia
Nas leis religiosas da antiguidade, não existe nenhuma restrição quanto ao numero de esposas que um homem pode ter. Todos os profetas bíblicos eram polígamos. Até na cristandade, que se tornou sinônimo da monogamia, o próprio Jesus Cristo jamais pronunciou uma palavra contra a poligamia; por outro lado, há eminentes teólogos cristãos, como Lutero, Melancton, Bucer e outros, que não teriam hesitado em concluir pela legalidade da poligamia a partir da parábola das dez virgens, contida no Evangelho de Mateus (25: 1-12), na qual Jesus Cristo prevê a possibilidade de um homem casar-se com até dez mulheres ao mesmo tempo.
Se os cristãos não querem se beneficiar da permissão que o próprio Jesus Cristo parece ter-lhes dado, a lei não está alterada por causa disso. Isto também vale para os muçulmanos, cuja lei é, além do mais, a única da história, que expressamente limita o número máximo permissível de esposas. Circunstâncias há que podem requerer o tomar outra esposa, mas o direito é garantido, de acordo com o Alcorão, somente na condição de que o marido seja escrupulosamente equânime.
“Podereis desposar duas, três ou quatro das que vos aprouver entre as mulheres. Mas, se temerdes não poder ser equitativo para com elas, casai, então, com uma só”.(4ª. Surata, versículo três).
Na realidade, a lei muçulmana está mais perto da razão, pois ela admite a poligamia quando a própria mulher consente com tal modo de vida. O preceito não impõe a poligamia, somente a permitindo em determinados casos. Ela depende unicamente do consentimento da mulher. Isso se aplica tanto à primeira esposa, quanto à pretendida segunda. Seria desnecessário observar que a suposta segunda mulher pode simplesmente recusar-se a casar com o homem que já tem uma esposa; pois já vimos que ninguém pode forçar uma mulher a contrair laços matrimoniais sem seu próprio consentimento. Se a mulher concorda em ser co-esposa, não é só a lei que deve ser considerada como cruel e injusta para com as mulheres, e como favorecedora somente dos homens. Quanto à primeira esposa, o ato de poligamia depende dela, já que por ocasião do seu casamento pode exigir a aceitação, e inserção, no documento referente ao contrato nupcial, de cláusula assegurando que seu marido pratique somente a monogamia. Tal cláusula é tão válida quanto qualquer outra de um contrato legal. Se uma mulher não quiser utilizar esse seu direito, não será a legislação que a obrigará a fazê-lo. A poligamia não é a regra, e sim a exceção, com vantagens multilaterais, sociais, entre outras; e a lei islâmica tem orgulho de sua própria maleabilidade.



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